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Repsol ganha 19% da quota do mercado português e salta para terceiro lugar com rede da Shell
A Repsol salta para o terceiro lugar em quota de mercado no retalho de combustíveis com a compra da rede da Shell em Portugal. A petrolífera espanhola, que tinha apenas cerca de 5% do mercado português, passa a terá agora 19% nas vendas na rede dos combus
A Repsol salta para o terceiro lugar em quota de mercado no retalho de combustíveis com a compra da rede da Shell em Portugal. A petrolífera espanhola, que tinha apenas cerca de 5% do mercado português, passa a terá agora 19% nas vendas na rede dos combustíveis, apenas ultrapassada pela BP com pouco mais de 20% e a Galp Energia com cerca de 40%.
Nas vendas directas, a Repsol passa mesmo ser a segunda maior operadora de combustíveis no mercado português com uma quota de 21%, de acordo com um comunicado da empresa espanhola.
A Repsol e a Shell anunciaram hoje um acordo para a compra da rede da multinacional anglo-holandesa em Portugal. O negócio, cujo valor não foi divulgado por estar protegido por uma cláusula de confidencialidade, está ainda dependente da autorização das autoridades da concorrência.
A operação abrange a rede de 303 estações de serviço, uma participação de 15% no capital da CLC (Companhia Logística de Combustíveis), que gere o "pipeline" de Sines/Aveiras e o parque de Aveiras, várias instalações de armazenagem e ainda as operações na Madeira, onde a Shell tinha uma posição quase equivalente à da Galp. A transacção envolve ainda as actividades de Marinha, onde a Repsol fica o segundo operador, e de Asfaltos. De fora, ficaram os negócios de lubrificantes e GPL.
A Shell, uma das marcas mais antigas no mercado português com uma presença de quase 100 anos em Portugal, colocou à venda as suas operações ibéricas há cerca de três meses, na sequência da estratégia de centragem nos mercados em que tem a liderança ou uma presença mais forte.
Em Portugal, a rede foi disputada pelas duas petrolíferas espanholas Cepsa e Repsol e pela italiana Agip, da Eni.
Em Espanha, a rede da Shell com também cerca de 300 postos, mas apenas 3% de quota de mercado, está a ser disputada pela Galp e pela Eni. Neste caso, a entrega das propostas foi adiada para a semana.
Apesar de ser o candidato mais forte, a proposta da Galp pode ser posta em causa pelas negociações em curso de venda de uma participação do seu próprio capital com a Petrocer e o Grupo Mello.
A proposta da Galp para a rede espanhola da Shell ronda os 500 milhões de euros