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Repsol fornece combustível sustentável para voos de carga de dona da Zara

A Inditex, dona de marcas como a Zara, tem em Saragoça um dos maiores centros logísticos, a partir de onde saem os voos de carga realizados pela Atlas Air que terão combustível verde da Repsol incorporado.

Reuters
06 de Dezembro de 2023 às 10:11
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A Repsol começou a fornecer combustível sustentável para a aviação (SAF, na sigla em inglês) à Atlas Air que realiza voos de carga para a Inditex, dona da Zara, a partir do aeroporto de Saragoça.

A Atlas Air, com sede em Nova Iorque, torna-se assim na primeira companhia aérea de carga a utilizar regularmente SAF nos seus voos de mercadoria em Espanha, incorporando inicialmente 5% de SAF em todos os seus voos, o que constitui um "novo marco no caminho para a descarbonização do setor aéreo, indica a Repsol, num comunicado enviado às redações.

A iniciativa está alinhada com o compromisso das três empresas em reduzir a sua pegada de carbono e atingir o objetivo de se tornarem empresas com zero emissões líquidas. Além disso, reforça, coloca-as à frente das medidas de conformidade previstas na normativa "ReFuelEU Aviation" que exige a utilização de 2% de combustíveis renováveis em 2025, 6% em 2030 e 70% em 2050.

"Com este acordo damos mais um passo em frente na descarbonização da aviação. Demonstramos que o SAF é o futuro, mas também o presente. Com o próximo lançamento da nossa nova fábrica de biocombustíveis avançados em Cartagena (Espanha), estamos prontos para fornecer ao setor o SAF de que necessita para concretizar as suas ambições de descarbonização", diz o diretor de aviação internacional da Repsol, Óliver Fernández, citado na mesma nota.

O CEO da Atlas Air Worldwide, Michael Steen, destaca, por seu turno, que a transportadora está "empenhada em contribuir para a sustentabilidade do setor da aviação". E, neste sentido, "muito contentes pela oportunidade de trabalhar com os nossos valiosos parceiros Inditex e Repsol", aponta, sublinhando ser "fundamental" que a indústria da aviação "trabalhe em conjunto para promover a adoção e a disponibilidade de SAF, o que, em última análise, terá um impacto positivo na nossa indústria e no ambiente".

O acordo também pretende promover a produção local de SAF, tanto em termos de capacidade de refinação, como no fornecimento de matérias-primas próximas, com o objetivo de reduzir as emissões de gases com efeito de estufa do setor da aviação, refere a Repsol, indicand que a Aena, responsável pela gestão do Aeroporto de Saragoça, participa proativamente na promoção e integração dos combustíveis de aviação sustentáveis para fomentar a sua produção e incentivar o seu consumo".

"A Repsol é pioneira no fabrico de combustíveis renováveis para todo o tipo de transporte em Espanha", enfatiza a petrolífera espanhola, lembrando que fabrica biocombustíveis renováveis há 25 anos nos seus complexos industriais e que já conta com mais de 30 estações de serviço na Península Ibérica, que fornecem combustíveis 100% renováveis.

Nos próximos meses, adianta, entrará em funcionamento, em Cartagena, a primeira fábrica dedicada exclusivamente à produção de biocombustíveis avançados na Península Ibérica e uma das primeiras fábricas do seu género na Europa, fruto de um investimento superior a 200 milhões de euros, assinalando "o próximo grande marco da empresa multienergética".

A nova unidade terá uma capacidade anual de produção de 250.000 toneladas de SAF e diesel renovável, produzidas a partir de vários tipos de resíduos, principalmente óleo de cozinha usado e resíduos da indústria agroalimentar, que permitirão reduzir 900.000 toneladas de dióxido de carbono (CO2) por ano, especifica.

Em 2022, a produção total de SAF a nível global foi de 240.000 toneladas, de acordo com a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, sigla em inglês). Em 2025, serão necessárias na Espanha cerca de 120.000 toneladas para cobrir a obrigação de 2% da RefuelEU Aviation. Assim, com a produção da nova fábrica em Cartagena, será possível cobrir a totalidade da procura de SAF na Península Ibérica, cumprindo as obrigações até que o mandato europeu suba até aos 3%, enfatiza a Repsol.
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