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REE aumenta distância para a REN com alteração regulatória
O Governo espanhol vai permitir à Rede Eléctrica de Espanha e à Enagás aumentarem as taxas de retorno dos seus investimentos, para encorajar as empresas a aumentarem as suas redes de energia em Espanha. Na electricidade a remuneração dos activos será de 7
O Governo espanhol vai permitir à Rede Eléctrica de Espanha e à Enagás aumentarem as taxas de retorno dos seus investimentos, para encorajar as empresas a aumentarem as suas redes de energia em Espanha. Na electricidade a remuneração dos activos será de 7,71%, contra os 7% da REN.
O governo espanhol permitiu que a taxa de retorno passe para 7,71% nos novos investimentos das empresas de redes espanholas, que forem iniciados após o inicio de 2008, o que compara com os 7,5% registados actualmente, anunciou o Executivo num comunicado citado pela Bloomberg.
Espanha apresenta o maior crescimento de procura de energia da União Europeia e pretende aumentar o reforço das ligações ao mercado francês, reforçando as redes de energia e gás. O Governo espanhol pretende investimentos de 6,9 mil milhões de euros em linhas e estações energéticas e 9,3 mil milhões de euros em gás natural e sistemas de armazenagem, até 2016.
Os analistas que seguem a REN defendem que a empresa portuguesa tem uma regulação mais desfavorável que a aplicada às congéneres espanholas, diferencial que, no caso da electricidade, se acentua ainda mais com esta decisão.
A situação em Portugal é diferente face a Espanha, já que no mercado nacional existem períodos regulatórios distintos para o gás e electricidade. É neste âmbito que são determinadas, por três anos, as taxas de retorno dos investimentos.
No gás, só desde Julho do ano passado é que a actividade é regulada em Portugal, sendo que o período regulatório em curso vigora até meados de 2010. Neste caso, a remuneração dos activos é de 8%.
Já na electricidade, o período regulatório termina no final de 2008, estando agora a ERSE – Entidade Reguladora do Sector Energético a trabalhar para fixar as taxas para o próximo período, que arranca em Janeiro de 2009 e dura até ao final de 2011. As actuais taxas são de 7%.
Contactada pelo Jornal de Negócios para saber o novo valor esperado para esse período, fonte oficial do regulador escusou-se a fazer qualquer comentário.