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"Podemos rever a dimensão da almofada para a dívida soberana"

O presidente da Autoridade Bancária Europeia (EBA) admite reduzir o valor da almofada de capital que os bancos europeus têm de constituir até ao final de Junho, se se confirmarem as soluções políticas para a crise que emergiram entretanto . Em caso de dificuldade, Andrea Enria admite ser "flexível" em termos de calendário.

"Podemos rever a dimensão da almofada para a dívida soberana"
15 de Fevereiro de 2012 às 15:22
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"A almofada de capital para a dívida soberana foi fixada em Setembro para evitar que os bancos vendessem os seus stocks de dívida de forma precipitada. Mas, entretanto, emergiram soluções políticas para a crise. Se elas se confirmarem, podemos, de facto, rever a dimensão da almofada dedicada à dívida soberana, após consultarmos o Conselho Europeu de risco sistémico", admite o presidente da Autoridade Bancária Europeia (EBA), Andrea Enria (na foto), em entrevista ao jornal francês "Les Echos".

O responsável pelo supervisor europeu recusa, no entanto, comprometer-se com o calendário desta decisão, quando questionado sobre a possibilidade de haver uma redução do valor da almofada de capital para a dívida soberana antes de Junho.

Esta é a data limite para os bancos apresentarem um rácio de solvabilidade mais exigente (core tier one) de 9%, incluindo aquela almofada temporária.

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Acompanhamos este tema de forma contínua. Não excluo nada. Mas os bancos estão a trabalhar de acordo com o calendário que lhes foi dado e assim devem continuar", sublinhou Andrea Enria.

Outro aspecto em que o presidente da EBA admite ser "flexível" é no calendário de cumprimento dos requisitos de capital. "30 de Junho continua a ser a data limite, mas mantemo-nos flexíveis quanto à execução dos planos" de capitalização.

"Por exemplo, poderemos aceitar uma certa flexibilidade, para não forçar os bancos a vender activos com urgência. Em caso de dificuldade neste ponto, 30 de Junho não é uma data limite absoluta, mas definiremos critérios a respeitar. Se os bancos em causa se comprometerem publicamente com um calendário razoável, aceitá-lo-emos", garantiu o presidente da autoridade europeia.
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