Notícia
"Ninguém" viu a RTP entre as 17h25 e as 17h54 de ontem
Números das audiências de 6 de Março, que mostram a perda de 247 mil espectadores num minuto, vêm juntar-se a outras queixas do canal de televisão do Estado relativas ao novo sistema de medição de audiências da GFK.
07 de Março de 2012 às 15:59
Não houve quaisquer telespectadores sintonizados na RTP durante 30 minutos no dia de ontem.
Entre as 17h25 e as 17h54 de 6 de Março, eram zero os espectadores a ver o canal de televisão do Estado, segundo dados da GFK, que é a nova responsável pela medição de audiências em Portugal e que tem sido criticada pela RTP por a prejudicar na medição da sua quota de mercado.
Segundo dados a que o Negócios teve acesso, a RTP tinha 247,6 mil espectadores às 17h24, acima do número registado pela SIC e pela TVI. O segmento “Outros”, que engloba gravações ou a utilização de consolas, marcava 266,5 mil pessoas.
No minuto seguinte, o número de sintonizados na RTP cai para zero, enquanto que o de pessoas englobadas nos “Outros” disparou para 548,3 mil.
Sensivelmente meia hora depois, pelas 17h55, a RTP passa de zero para 295,7 mil espectadores, enquanto que descem para apenas 260,5 mil inseridos nos “Outros”.
Terá havido ainda períodos em que nenhum espectador assistia aos programas do canal público, nomeadamente de madrugada, de acordo com os mesmos dados.
O hiato de telespectadores já tinha sido verificado num jogo entre o Guimarães e o Benfica, em que, durante 20 minutos, não houve espectadores.
Ao jornal “i”, António Salvador, presidente da Gfk, disse hoje que era um “disparate” discutir esse assunto, porque, nessa altura, o sistema de medição ainda estava em fase de testes. “Acha normal alguém ser crucificado por uma informação de ninguém pagou?”, questionou-se Salvador na referida entrevista, hoje publicada. O presidente da Gfk disse que só tem de se responsabilizar pelos dados a partir de 1 de Março. A questão é que os dados de hoje são relativos a 6 de Março.
O Negócios contactou António Salvador, presidente da Gfk, que remeteu qualquer esclarecimento para um comunicado da CAEM (Comissão de Análise de Estudos de Meios), a que o Negócios ainda não teve acesso.
A RTP, por sua vez, dizendo-se prejudicada pelo novo sistema de medição de espectadores, vai avançar com uma auditoria ao mesmo, afirmando que "não hesitará" em responsabilizar a CAEM por quaisquer perdas registadas pela empresa devido aos "dados incorrentes" apresentados pela Gfk.
Entre as 17h25 e as 17h54 de 6 de Março, eram zero os espectadores a ver o canal de televisão do Estado, segundo dados da GFK, que é a nova responsável pela medição de audiências em Portugal e que tem sido criticada pela RTP por a prejudicar na medição da sua quota de mercado.
No minuto seguinte, o número de sintonizados na RTP cai para zero, enquanto que o de pessoas englobadas nos “Outros” disparou para 548,3 mil.
Sensivelmente meia hora depois, pelas 17h55, a RTP passa de zero para 295,7 mil espectadores, enquanto que descem para apenas 260,5 mil inseridos nos “Outros”.
Terá havido ainda períodos em que nenhum espectador assistia aos programas do canal público, nomeadamente de madrugada, de acordo com os mesmos dados.
O hiato de telespectadores já tinha sido verificado num jogo entre o Guimarães e o Benfica, em que, durante 20 minutos, não houve espectadores.
Ao jornal “i”, António Salvador, presidente da Gfk, disse hoje que era um “disparate” discutir esse assunto, porque, nessa altura, o sistema de medição ainda estava em fase de testes. “Acha normal alguém ser crucificado por uma informação de ninguém pagou?”, questionou-se Salvador na referida entrevista, hoje publicada. O presidente da Gfk disse que só tem de se responsabilizar pelos dados a partir de 1 de Março. A questão é que os dados de hoje são relativos a 6 de Março.
O Negócios contactou António Salvador, presidente da Gfk, que remeteu qualquer esclarecimento para um comunicado da CAEM (Comissão de Análise de Estudos de Meios), a que o Negócios ainda não teve acesso.
A RTP, por sua vez, dizendo-se prejudicada pelo novo sistema de medição de espectadores, vai avançar com uma auditoria ao mesmo, afirmando que "não hesitará" em responsabilizar a CAEM por quaisquer perdas registadas pela empresa devido aos "dados incorrentes" apresentados pela Gfk.