Notícia
"Houve grave e demorada falha de supervisão"
Miguel Cadilhe avançou hoje duras criticas ao Banco de Portugal, considerando mesmo que a autoridade de supervisão é responsável pelas falhas que originaram a situação do banco, que levaram o Governo a optar pela nacionalização, opção que o actual presidente do BPN discorda. Cadilhe diz ainda que não foi o Banco de Portugal a detectar as irregularidades, mas sim as auditorias que a sua administração efectuou.
03 de Novembro de 2008 às 20:49
Miguel Cadilhe avançou hoje duras criticas ao Banco de Portugal, considerando mesmo que a autoridade de supervisão é responsável pelas falhas que originaram a situação do banco, que levaram o Governo a optar pela nacionalização, opção que o actual presidente do BPN discorda. Cadilhe diz ainda que não foi o Banco de Portugal a detectar as irregularidades, mas sim as auditorias que a sua administração efectuou.
“Sabemos que houve falhas de vários lados, durante anos e anos. Sabemos que, em um dos lados, houve grave e demorada falha de supervisão”, disse Miguel Cadilhe referindo-se ao papel do Banco de Portugal neste processo.
Para Cadilhe, houve “falha de Estado”, portanto, e nisso não devia assentar a intervenção radical da nacionalização”.
Não foi o Banco de Portugal que detectou imparidades
Cadilhe atacou hoje o Banco de Portugal, pelo facto de na proposta de lei da nacionalização do BPN, constar que foi a “‘acção inspectiva do Banco de Portugal’ que detectou imparidades”.
“Não é verdade”, disse Miguel Cadilhe, hoje em conferência de imprensa, justificando que a proposta de lei “omite que foi através das auditorias extraordinárias, por nós mandadas fazer, que o volume de imparidades foi determinado”.
Os prejuízos adiantados pelo Ministro das Finanças, para justificar a nacionalização do BPN, foram de 700 milhões de euros, valor que segundo Cadilhe, foi ele próprio que adiantou ao ministro.
Por isso, Cadilhe classifica a declaração que consta na proposta de lei de “entorse”, também quando refere que não foi possível concretizar os aumentos de capital privado do BPN.
“Estas operações estavam programadas. Uma tranche foi adiada por razões de incerteza quanto à deliberação do Governo sobre a nossa proposta estrutural. É evidente que nenhum accionista privado aceitaria injectar capital em 31 de Outubro para vê-lo nacionalizado em 2 de Novembro”, adiantou.
“Sabemos que houve falhas de vários lados, durante anos e anos. Sabemos que, em um dos lados, houve grave e demorada falha de supervisão”, disse Miguel Cadilhe referindo-se ao papel do Banco de Portugal neste processo.
Não foi o Banco de Portugal que detectou imparidades
Cadilhe atacou hoje o Banco de Portugal, pelo facto de na proposta de lei da nacionalização do BPN, constar que foi a “‘acção inspectiva do Banco de Portugal’ que detectou imparidades”.
“Não é verdade”, disse Miguel Cadilhe, hoje em conferência de imprensa, justificando que a proposta de lei “omite que foi através das auditorias extraordinárias, por nós mandadas fazer, que o volume de imparidades foi determinado”.
Os prejuízos adiantados pelo Ministro das Finanças, para justificar a nacionalização do BPN, foram de 700 milhões de euros, valor que segundo Cadilhe, foi ele próprio que adiantou ao ministro.
Por isso, Cadilhe classifica a declaração que consta na proposta de lei de “entorse”, também quando refere que não foi possível concretizar os aumentos de capital privado do BPN.
“Estas operações estavam programadas. Uma tranche foi adiada por razões de incerteza quanto à deliberação do Governo sobre a nossa proposta estrutural. É evidente que nenhum accionista privado aceitaria injectar capital em 31 de Outubro para vê-lo nacionalizado em 2 de Novembro”, adiantou.