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Quer viver na Arábia Saudita? Príncipe Salman vende vistos por 193 mil euros
Médicos, engenheiros e financiadores de 19 países foram os primeiros a conseguir, das mãos do príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, a residência permanente na terra do petróleo. Uma abertura dos sauditas aos estrangeiros que depositem 193 mil euros nos cofres do reino.
Depois de receber milhares de pedidos, a Arábia Saudita já concedeu os primeiros vistos de residência permanente a estrangeiros. São, essencialmente, médicos, engenheiros e financeiros a pagar 800 mil riyals (193,2 mil euros). Embora não diga quantos novos residentes permanentes vai receber, o governo saudita avança, também, que abriu portas a 73 estrangeiros com vistos "premium".
O programa, aprovado em maio, pretende "atrair investimentos estrangeiros, permitindo que pessoas selecionadas comprem propriedades e negoceiem sem um patrocinador saudita", segundo um comunicado do Centro de Residências Premium do governo, citado pela Bloomberg.
De acordo com a mesma agência de informação, este "é o mais recente sinal de como o reino saudita está a repensar o papel dos estrangeiros, enquanto trabalha para reduzir a dependência da economia do petróleo".
Este ano, o país já tinha informado que ia abrir as portas a turistas internacionais pela primeira vez, comprometendo-se a fornecer vistos a 49 países, Portugal incluído.
A Arábia Saudita é tida como um dos países onde os trabalhadores estrangeiros estão sujeitos a algumas das regras de residência mais restritivas do mundo. Quem detém o visto "premium" de residência terá mais facilidade em trocar de emprego, sair do reino, assim como patrocinar vistos para familiares.
Em 2016, quando divulgava, pela primeira vez, a ideia de uma residência de longo prazo, o príncipe herdeiro, Mohammed bin Salman estimava que o programa geraria 10 mil milhões de dólares (cerca de nove mil milhões de euros) de receitas anuais. É que além do custo do visto, a renovação anual custará 100 mil riyals (mais de 24 mil euros).