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PTM continua a depender da rede da PT

A Portugal Telecom teve, por obrigação da SEC, o regulador dos mercados norte-americanos, de avisar os seus accionistas para os riscos do “spin-off” da PTM, já que lhes vai entregar acções desse grupo.

16 de Outubro de 2007 às 00:01
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A Portugal Telecom teve, por obrigação da SEC, o regulador dos mercados norte-americanos, de avisar os seus accionistas para os riscos do "spin-off" da PTM, já que lhes vai entregar acções desse grupo.

Nesse documento, entregue ontem à noite e disponibilizado no "site" da PT, a operadora refere que "a TV Cabo, subsidiária da PT Multimédia, compra capacidade dentro da rede de fibra óptica detida pela PT Comunicações, subsidiária da Portugal Telecom. [...] Para poder prestar os seus serviços na rede de cabo, a TV Cabo terá de renovar o contrato com a PT Comunicações periodicamente [o actual termina em Dezembro de 2008], podendo não conseguir fazê-lo em termos que lhe permitam preservar as suas actuais margens, ou não conseguir fazê-lo de todo".

Este aviso demonstra que a PT Multimédia continua dependente da rede que a PT controla, mesmo após a separação de redes, expressão que significa que a PTM vai comprar à PT o equipamento que lhe permite transmitir o sinal de cabo. Além disso, apesar da PTM ficar com o mais importante para a sua actividade – a terminação para as casa dos clientes e esse equipamento – a empresa passa a ser uma cliente da PT com um estatuto igual ao de outras empresas, como a Cabovisão.

A única solução para a PTM, como para todos os seus concorrentes e da PT, é espalhar rede própria por todo o país, investimentos demasiado onerosos para serem suportados por uma empresa. Além disso a PT é obrigada pelo regulador sectorial a lugar a infra-estrutura a outros operadores de telecomunicações, sendo os preços estipulados pela reguladora das telecoms, a ANACOM. Actualmente, apenas parte da rede espalhada não é da PT.

Outro dos riscos que o comunicado sublinha, é a possibilidade de haver uma quebra nas receitas da PT Multimédia, por via de um aumento da concorrência, onde a Portugal Telecom se coloca.

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