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PT e Telecom Itália são as preferidas do Citigroup
A Portugal Telecom e a Telecom Itália são as acções favoritas do Citigroup Smith Barney no sector das telecomunicações fixas na Europa. O banco de investimento mantém a recomendação de «compra» para as acções da PT, depois de ter analisado os resultados d
A Portugal Telecom e a Telecom Itália são as acções favoritas do Citigroup Smith Barney no sector das telecomunicações fixas na Europa. O banco de investimento mantém a recomendação de «compra» para as acções da PT, depois de ter analisado os resultados da operadora no primeiro trimestre deste ano.
«A Portugal Telecom é uma das acções de telecomunicações fixas com melhor performance este ano, e nós acreditamos que os resultados do primeiro trimestre permitem que a empresa repita a performance no segundo trimestre. Juntamente com a Telecom Itália é uma das nossas ‘top picks’», diz o relatório do Citigroup.
Os resultados líquidos da PT [PTC] atingiram os 161,5 milhões de euros, no primeiro trimestre deste ano, mais 90,4% que no período homólogo do ano passado.
O Citigroup diz que a melhoria dos resultados da PT se deve essencialmente às operações em Portugal e destaca o crescimento do número de clientes da banda larga.
Nos primeiros três meses de 2004 a PT cativou mais 63 mil clientes de banda larga, 43 mil dos quais através do ADSL e 20 mil através da Netcabo.
A casa de investimento justifica a manutenção da recomendação de «compra» e do preço alvo para a PT com a compra de acções próprias que a operadora nacional deverá continuar a realizar ao longo deste ano.
«Nós esperamos que a empresa continue a comprar acções próprias, e esta ajuda técnica deverá limitar algum risco de desvalorização das acções», explica o Smith Barney.
A compra de acções próprias deverá ainda afectar a dívida líquida da empresa que pode atingir os 2,7 mil milhões de euros, no final do ano, prevê a casa de investimento. O Citigroup estima que a PT gaste 800 milhões de euros na aquisição de acções próprias este ano.
Competição no Brasil aumenta
O número de clientes da Vivo, a operadora móvel no Brasil, detida em 50% pela PT e pela Telefónica, atingiu os 21.875, mais 1.219 que nos final de 2003. No entanto o ARPU, receita média mensal por cliente baixou 8,5%.
Para o Citigroup a descida do ARPU, é um sinal da crescente concorrência da italiana TIM no país da América Latina.
A actuação no Brasil é o factor de risco destacado pelo banco americano para a performance das acções da operadora liderada por Miguel Horta e Costa.
O facto de grande parte do capex, investimento de capital fixo, da PT ser realizado no Brasil, da «joint venture» com Telefónica tornar o grupo mais exposto à região e das flutuações do câmbio poderem afectar o valor dos activos em euros no Brasil são as características que podem impedir a acções da PT de não atingirem o preço alvo de 11 euros, avançado pelo Citigroup.
As acções da PT seguiam a cair 1,96%, para os 8,99 euros.