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PSD elogia "entrevista construtiva" de Jardim Gonçalves

"Objectiva, rigorosa, responsável e construtiva." É desta forma que o PSD lê a entrevista de Jardim Gonçalves, publicada ontem no jornal "Público", onde o fundador do BCP denuncia que a polémica em torno do banco "foi objecto de óbvio aproveitamento polít

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"Objectiva, rigorosa, responsável e construtiva." É desta forma que o PSD lê a entrevista de Jardim Gonçalves, publicada ontem no jornal "Público", onde o fundador do BCP denuncia que a polémica em torno do banco "foi objecto de óbvio aproveitamento político" e que o "clima de grande excitação mediática foi alimentado propositadamente".

Mas, afinal, quem é que tirou proveitos políticos do caso BCP? Jardim Gonçalves não diz. O Governo não reage. O centro-direita ignora. A esquerda ironiza, enquanto que o PS faz questão de sublinhar que não se sente atingido porque não tomou "parte activa em nada" durante o processo. "Estivemos contra a comissão parlamentar de inquérito e não propusemos qualquer audição", lembra Vítor Baptista, porta-voz socialista na comissão de Orçamento e Finanças.

Tal como os socialistas, também os social-democratas fazem questão de se colocar à margem das "farpas", preferindo destacar o "rigor e responsabilidade" da entrevista para voltar a criticar o Ministro das Finanças.

Nas páginas do "Público", Jardim Gonçalves acusa o ministro Teixeira dos Santos de ter posto em causa o "princípio da presunção de inocência das pessoas e da instituição" quando acusou o BCP de ter delineado uma "operação bem montada e bem urdida para escapar ao controlo das autoridades".

O PSD, pela voz de Patinha Antão, pega nestas declarações para lembrar que a bancada laranja já tinha alertado para "a precipitação do ministro das Finanças" e recorda a oportunidade da comissão de inquérito parlamentar.

"Passados estes meses, o engenheiro Jardim Gonçalves diz que ainda não foi ouvido, nem notificado. Porventura, os processos de averiguações do Banco de Portugal e da CMVM estão mais atrasados do que as próprias instituições estimavam. Este é um facto que comprova a justeza e a responsabilidade da decisão do PSD em avançar para uma comissão de inquérito exclusivamente debruçada sobre o exercício da supervisão", explica Patinha Antão.

Mais à direita, o CDS/PP defende que "à política o que é da política e aos accionistas o que é dos accionistas".

Louçã acusa Jardim de lançar "cortina de fumo"

Na passada semana, BE e PCP acordaram chamar à comissão de inquérito Jardim Gonçalves e Paulo Teixeira Pinto. Ontem, a convergência voltou a sentir-se, desta feita na forma irónica como ambos os partidos comentaram as palavras do fundador do banco.

Francisco Louçã acusou Jardim de "continuar a lançar uma cortina de fumo sobre tudo o que se passou", enquanto que Honório Novo, do PCP, refere que durante toda a entrevista "perpassa a ideia do coitadinho, do perseguido, do inocente, do presidente que desconhecia tudo, até a concessão de créditos a familiares".

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