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Presidente da Holcim abandona liderança em Janeiro

O presidente da Holcim, que controla a Holderbank Portugal, Thomas Schmidheiny, vai renunciar ao cargo de presidente executivo (CEO) da empresa a partir de 1 de Janeiro de 2002, anunciou hoje a cimenteira suíça em comunicado.

20 de Novembro de 2001 às 13:55
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O presidente da Holcim, que controla a Holderbank Portugal, Thomas Schmidheiny, vai renunciar ao cargo de presidente executivo (CEO) da empresa a partir de 1 de Janeiro de 2002, anunciou hoje a cimenteira suíça em comunicado.

Aquele responsável, neto do fundador da segunda maior cimenteira mundial, vai manter o cargo de presidente do conselho de administração (CA) da Holcim, mas irá deixar a gestão diária da empresa, após 25 anos em funções.

A posição de presidente executivo da Holcim será assumida, a partir do início do próximo ano, por Markus Akerman, até agora responsável pelas operações do grupo na América Latina.

Segundo a mesma fonte, Schmidheiny vai manter a sua posição de 30% no capital da empresa, com esta participação a representar cerca de 60% dos direitos de voto.

No entanto, os analistas acreditam que o abandono do cargo de CEO por parte de Schmidheiny poderá levar a alterações na estrutura accionista nos próximos tempos, não sendo de excluir um cenário de lançamento de ofertas de aquisição sobre a companhia.

Esta alteração «aumenta as probabilidades de alterações na estrutura accionista. Abre novas possibilidades para o futuro do grupo», disse Ken Rumph, analista da Merrill Lynch, citado pela agência Dow Jones NewsWires.

O mesmo analista recordou que a liderança de Schmidheiny esteve ligada a alguns insucessos da Holcim nos últimos anos, entre os quais a perda da liderança mundial do sector para a sua congénere francesa Lafarge, ou a tentativa falhada de garantir o controlo da Cimpor [CIMP].

A Holcim, através da Holderbank Portugal, controla cerca de 10% do capital da maior cimenteira nacional, tendo tentado no ano passado lançar uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre a Cimpor, em conjunto com a Secil, numa operação que foi bloqueada pelo Governo.

A Holderbank já recorreu aos tribunais para tentar impugnar a última assembleia (AG) geral de accionistas da Cimpor, em que foi eleito o actual CA, por alegar que existiu concertação entre os accionistas Teixeira Duarte [TXDE], Banco Comercial Português (BCP) [BCP] e a sua concorrente directa Lafarge, que também detém 10% do capital da Cimpor.

As acções da Holcim seguiam a ganhar 0,85% para os 355 francos suíços (243,41 euros ou 48.799 escudos).

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