A Direcção Geral de Geologia e Energia tem em carteira projectos solares com um total de 90 MW em fase de licenciamento e de desenvolvimento, sendo que Portugal tem o objectivo global atingir 150 MW. O anuncio foi feito hoje por Miguel Barreto, director-geral de Energia, na cerimónia de lançamento da primeira pedra da maior central de energia solar fotovoltaica do mundo, em Serpa.

Hoje foi lançada a primeira pedra da maior central de energia solar do mundo, que vai produzir 11 MW (suficiente para abastecer o Concelho de Serpa), mas já foram também atribuída licenças de estabelecimento para a central de moura, com 62 MW.

Até ao final do ano será atribuída uma licença de 10 MW para um central em Albufeira, outra de 6 MW para o MARL – Mercado Abastecedor da Região de Lisboa e outros pequenos projectos de 2 MW cada.

«Portugal é o país mais ambicioso da Europa em termos de energia solar, sendo que o futuro desta fonte energética é também a térmica, termoeléctrica, além da fotovoltaica», considera Miguel Barreto.

O director-geral de Energia acredita que o crescimento da energia solar deverá ser feito através de uma aposta na produção para baixa tensão, «onde a eficiência energética é maior, por estar mais próxima do consumo».

A General Electric elegeu Portugal para arrancar com um projecto de energia fotovoltaica de dimensão mundial. «Portugal é uma referencia em termos de desenvolvimento de energias renováveis», salientou Mário Armero, presidente da GE Ibérica.

«Portugal não pode dar passos mais significativos na energia na área do solar, devido à falta de maturidade da tecnologia», o que condiciona a tarifa remunerada, acrescentou a mesa fonte.

A construção da maior central de produção de energia solar fotovoltaica do Mundo arranca hoje em Serpa, num investimento de 60 milhões realizado pela gigante norte-americana General Electric (GE) que comprou o projecto «chave-na-mão» para a instalação da unidade naquele concelho do baixo Alentejo.

A central deverá atingir em Janeiro de 2007 uma potência instalada de 11 megawatts (MW), quantidade de energia capaz de abastecer cerca de 8 mil lares. Além disso, a central permitirá poupar quase 30 mil toneladas de emissão de dióxido por ano, comparando a mesma quantidade de energia gerada a partir de combustíveis fósseis.