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Polícia Judiciária detém presidente da Carré&Ribeiro por fraude fiscal (act)

A PJ deteve dois suspeitos de práticas de fraudes fiscais relacionadas com artigos informáticos, ambos presidentes de duas empresas do sector. O Negocios.pt apurou que a empresa Carré&Ribeiro está envolvida e o seu presidente Joaquim Ribeiro está detido.

24 de Maio de 2002 às 20:14
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(actualiza com identificação de uma das empresas envolvidas no processo)

A Polícia Judiciária deteve hoje dois suspeitos de práticas de fraudes fiscais com o IVA relacionadas com artigos informáticos, que são ambos presidentes do Conselho de Administração de duas empresas do sector.

O Negocios.pt apurou junto de fonte próxima do processo que a empresa Carre&Ribeiro Informática está envolvida no caso, tendo o seu presidente sido detido.

A empresa Carré&Ribeiro Informática está envolvida em práticas de fraudes fiscais relacionadas com artigos informáticos, apurou o Negocios.pt junto de fonte próxima.

Joaquim Ribeiro, presidente da empresa, encontrava-se desde quarta feira em prisão domiciliária, suspeito de prática fraudulenta, avançou a mesma fonte.

Ontem, os empregados da Carré&Ribeiro foram impossibilitados de trabalhar, devido a terem encontrado a empresa selada pela PJ, já tendo voltado à actividade hoje.

A Carré&Ribeiro destina-se à comercialização de componentes e periféricos para computadores pessoais (PCs) exclusivamente para empresas revendedoras.

O Negocios.pt contactou a empresa não tendo nenhum responsável se disponibilizado para prestar esclarecimentos.

Fraude com dimensões gigantescas

Num comunicado a PJ afirma que «através da Direcção Geral de Investigação da Corrupção e da Criminalidade Económica e Financeira, (...) desencadeou uma operação, no dia de ontem, que culminou com a detenção de dois dos principais suspeitos de uma fraude fiscal de dimensões gigantescas».

Sem revelar a identidade dos suspeitos nem a dimensão da fraude, a PJ afirma que esta ascendeu a um valor de «milhões de euros» e que os suspeitos são «os presidentes do Conselho de Administração das respectivas sociedades».

A fraude fiscal foi realizada em sede de IVA, através de um processo «engenhoso que recorria a um roullment de sociedades comerciais, visando a prática de transacções fictícias», afirma o comunicado.

Estas transacções estavam relacionadas com unidades empresariais do sector informático e com comércio de «hardware» e de «software».

Para além das detenções a PJ apreendeu duas viaturas de luxo e inúmeras obras de arte avaliadas em mais de 500 mil euros.

Contactada pelo Negocios.pt fonte da PJ escusou-se a adiantar a identidade dos detidos, bem como mais pormenores acerca da investigação, para além dos constantes no comunicado hoje revelado.

Os dois detidos vão ser hoje presentes ao Juiz de Instrução no Tribunal Central de Instrução Criminal de Lisboa.

Por Nuno Carregueiro e Ana Pereira

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