Notícia
PME "afogadas" internamente querem bóia de salvação lá fora
Sem hipóteses de prosperarem no mercado interno, as pequenas e médias empresas com algum potencial exportador pedem que o Estado ajude na prospecção de clientes nos mercados externos e cative verbas no Orçamento que possam servir como garantias em concursos internacionais.
O QUE QUEREM
O esmagamento progressivo do mercado interno está a empurrar para fora do País as PME que, no entanto, sofrem de falta de dimensão para, de forma isolada, suportarem custos de prospecção nesses mercados. O presidente da Associação PME Portugal pede uma diplomacia económica que não privilegie só as empresas de maior dimensão e "medidas coerentes para o fomento da exportação".
Joaquim Cunha dá o exemplo: linhas de financiamento para ajudar as PME nesse "salto", permitir a dedução à colecta no IRC do valor de aquisição de uma empresa no exterior, ou cativar verbas no OE para usar como garantias quando concorrem a encomendas no exterior. Pedro Pereira, presidente da Larus (mobiliário urbano) elege também como "antídoto" um "apoio substancial a acções de prospecção internacional, por via de associações e parcerias de empresas".
Outras medidas sugeridas são o aumento do "papel público e regulador" da Caixa, a mudança do regime de exigibilidade do IVA, a "recriação e dinamização" do ensino profissional, preços diferenciados para portagens, uma "regulação criteriosa" dos preços da energia e mais investimento público "criteriosamente analisado e com efeitos multiplicadores". António Ferreira de Carvalho, líder da Associação Empresarial da Região de Lisboa quer também atenção às potenciais exportadoras. A "necessária alteração dos custos de contexto, na energia, combustíveis, taxas municipais e prazos de pagamento" são outros ajustamentos reclamados.
O QUE VÃO TER
Apesar de poder ser uma saída para algumas, muitas das pequenas e médias empresas portuguesas não têm condições sequer para pensar em exportar, dependendo do mercado interno para sobreviver.
E as perspectivas não são agradáveis - nas Grandes Opções do Plano, o Executivo prevê que em 2013 o consumo privado recue 2,2%, o consumo público desça 3,5% e o investimento recue 4,2%, enquanto a taxa de desemprego subirá para 16%.
"O aumento generalizado de impostos vai agravar as condições de vida. Temos quedas históricas no nível de vida que se reflectem na vida das micro, pequenas e médias empresas. Quer pela quebra da procura interna, quer porque muitas delas são de trabalhadores por conta própria com quebras nos seus próprios rendimentos", resumiu Joaquim Cunha, o presidente da Associação PME Portugal.
Já Pedro Martins Pereira, fundador e presidente da Larus, uma PME com sede em Albergaria, lamenta a previsão de um "orçamento muito restritivo, com limitadas preocupações de médio e longo prazo".
Por outro lado, António Ferreira de Carvalho, da Associação Empresarial da Região de Lisboa (AERLIS), que é também sócio-gerente da Joca Metalomecânica, teme que o Orçamento do Estado para 2013 "continue a ter um efeito de contracção da economia". O responsável deixa também um recado ao Governo: "importa definir metas e calendarização de redução da despesa pública".
O esmagamento progressivo do mercado interno está a empurrar para fora do País as PME que, no entanto, sofrem de falta de dimensão para, de forma isolada, suportarem custos de prospecção nesses mercados. O presidente da Associação PME Portugal pede uma diplomacia económica que não privilegie só as empresas de maior dimensão e "medidas coerentes para o fomento da exportação".
Outras medidas sugeridas são o aumento do "papel público e regulador" da Caixa, a mudança do regime de exigibilidade do IVA, a "recriação e dinamização" do ensino profissional, preços diferenciados para portagens, uma "regulação criteriosa" dos preços da energia e mais investimento público "criteriosamente analisado e com efeitos multiplicadores". António Ferreira de Carvalho, líder da Associação Empresarial da Região de Lisboa quer também atenção às potenciais exportadoras. A "necessária alteração dos custos de contexto, na energia, combustíveis, taxas municipais e prazos de pagamento" são outros ajustamentos reclamados.
O QUE VÃO TER
Apesar de poder ser uma saída para algumas, muitas das pequenas e médias empresas portuguesas não têm condições sequer para pensar em exportar, dependendo do mercado interno para sobreviver.
E as perspectivas não são agradáveis - nas Grandes Opções do Plano, o Executivo prevê que em 2013 o consumo privado recue 2,2%, o consumo público desça 3,5% e o investimento recue 4,2%, enquanto a taxa de desemprego subirá para 16%.
"O aumento generalizado de impostos vai agravar as condições de vida. Temos quedas históricas no nível de vida que se reflectem na vida das micro, pequenas e médias empresas. Quer pela quebra da procura interna, quer porque muitas delas são de trabalhadores por conta própria com quebras nos seus próprios rendimentos", resumiu Joaquim Cunha, o presidente da Associação PME Portugal.
Já Pedro Martins Pereira, fundador e presidente da Larus, uma PME com sede em Albergaria, lamenta a previsão de um "orçamento muito restritivo, com limitadas preocupações de médio e longo prazo".
Por outro lado, António Ferreira de Carvalho, da Associação Empresarial da Região de Lisboa (AERLIS), que é também sócio-gerente da Joca Metalomecânica, teme que o Orçamento do Estado para 2013 "continue a ter um efeito de contracção da economia". O responsável deixa também um recado ao Governo: "importa definir metas e calendarização de redução da despesa pública".