Numa conferência sobre financiamento às empresas, em Famalicão, o ministro da Economia defendeu, esta terça-feira, a necessidade de uma agenda mais "agressiva" de financiamento que acompanhe a ambição das empresas portuguesas de apostar nas exportações e na internacionalização da sua actividade.

Pires de Lima destacou que as empresas nacionais substituíram o predomínio do mercado doméstico pelo mercado global, uma reforma profunda da economia portuguesa "que deu passos muito sólidos" nos últimos anos, "e que eu creio que já não volta para trás", sublinhou.

"As exportações vão continuar a ganhar peso em relação ao PIB. E é preciso dar espaço a uma agenda mais agressiva de financiamento que acompanhe esta ambição", sublinhou o governante.

Nesse sentido, elencou, "é tão importante o acesso a crédito bancário com taxas mais competitivas", equivalentes aos do centro da Europa, "como a utilização de instrumentos vocacionados para a capitalização das empresas".

"O que é melhor? Ser dono a 100% de uma empresa pequena que não pode agarrar oportunidades de crescimento, ou partilhar capital e ser dona de 50%, 40%, 30% de uma empresa maior, com uma estrutura de capitais mais adequada que lhe permite agarrar oportunidades?", questionou Pires de Lima.