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Philips encerra fábrica de Ovar em Junho
A fábrica de componentes bobinados para televisores da Philips, em Ovar, vai encerrar em Junho e a multinacional holandesa procura ainda um parceiro para a unidade de controlos remotos.
A fábrica de componentes bobinados para televisores da Philips, em Ovar, vai encerrar em Junho e a multinacional holandesa procura ainda um parceiro para a unidade de controlos remotos.
De acordo com o «Diário de Notícias», a Philips está a negociar as rescisões por mútuo acordo com os 162 trabalhadores da área dos bobinados, que vão começar a sair já no final deste mês, prosseguindo a redução nos próximos dois meses, até à satisfação das encomendas contratadas. As portas encerram definitivamente em Setembro, com a saída da área administrativa.
Fonte próxima da administração da Philips disse ao DN que a unidade encerra por «falta de mercado para aquele produto, que tem vindo a ser substituído por televisores planos (LCD ou plasma)». A mesma fonte diz que a empresa está a «cumprir escrupulosamente a legislação laboral».
Isolete Veiros, da Comissão de Trabalhadores, referiu que os trabalhadores pretendiam que os montantes negociados no âmbito das rescisões fossem idênticos para todos (dois meses por cada ano de casa), mas a administração, continua, «está a praticar valores diferenciados». Os trabalhadores afectos à área de produção «são os que recebem menos». A proposta da administração aponta para 1,4 meses por cada ano de casa, na maioria dos casos.
Instalada em Ovar há 35 anos, a Philips mantém a unidade de controlos remotos, com 230 trabalhadores, mas a decisão de encontrar um parceiro para a unidade, gerou alguma polémica.
Há cerca de cinco anos, a Philips dividiu o complexo industrial em cinco sociedades, tendo vendido uma unidade à Bosch, deslocalizou outra para a Eslováquia, encerrou a área de serviços, e está a proceder ao encerramento da produção dos bobinados. Resta a parte dos controlos remotos.
A multinacional holandesa chegou a dar emprego a 2500 pessoas em Ovar. O processo de rescisões por mútuo acordo, diz a fonte da administração, decorre «de forma pacífica». Os trabalhadores acusam a multinacional de não ter investido na reconversão tecnológica.