A PharmAssistant é a "Startup Em Destaque" desta semana. Em baixo as respostas da empresa (enviadas por escrito) a questões colocadas pelo Negócios sobre a actividade da companhia.

O que é a PharmAssistant, o que faz, onde e como nasceu?

Com a PharmAssistant, garantimos que o nosso utilizador toma o medicamento certo, à hora adequada.

A nossa solução tem uma forte componente tecnológica: um frasco de comprimidos inteligente (a que chamamos "SmartBottle") está conectado a um smartphone ou tablet e avisa sempre que é hora de tomar os medicamentos, qual a dose e alguma informação adicional relevante. Para além disso, permite ainda que seja feita uma monitorização remota. Ou seja, um familiar ou profissional de saúde pode saber, à distância, se a pessoa que usa a PharmAssistant está de facto a tomar medicação conforme a receita do seu médico.

Os processos tecnológicos usados tornam o nosso produto único e inovador no mercado (está a decorrer o processo de patente de utilidade), e diferenciam-nos da concorrência.

Para explicar a criação da PharmAssistant há três momentos fundamentais que importa referir:

1) Dezembro de 2013 - Appy Day BPI: um hackathon de 24 horas onde Diogo Ortega, agora CEO da PharmAssistant, criou e desenvolveu a ideia. Ganhou o prémio do juri e o prémio do público;

2) Fevereiro de2014 - Criação da empresa: foi formalmente criada a empresa, registada a marca e feito o pedido de patente de utilidade;

3) Abril de 2014 - Criação da equipa

Quais são os principais indicadores financeiros da empresa e metas a atingir?

Resultados

Estamos actualmente em estado de protótipo, "pre-revenue". Segundo um estudo da PwC, as receitas de soluções mobile Health atingirão 23 mil milhões de dólares, dentro de três anos.

Dentro deste mercado, as soluções de monitorização representarão 65% do mercado, e as soluções de envelhecimento independente constituirão receitas na ordem dos 4,3 mil milhões de dólares.

Nº trabalhadores

A equipa da Pharmassistant é constituída por quatro pessoas: Diogo Ortega, 26 anos, CEO. Sofia Simões de Almeida, 26, CMO. João Ortega, 24, designer gráfico. Joana Vieira, 25, designer de produto.

Capital angariado

O projecto PharmAssistant ganhou um prémio em dinheiro no total de 14.000€, no concurso "Appy Day BPI" em Dezembro passado. Desde então temos usado esse valor para desenvolver a ideia.

Capital necessário

A PharmAssistant procura neste momento um seed round, junto de investidores estratégicos importantes que tragam valor ao projeto.

Metas de resultados futuros

Estamos a trabalhar para disponibilizar o nosso produto em dois tipos de segmento: Consumidores finais, e Clientes empresariais, como clínicas, hospitais e residências seniores. Vamos iniciar uma fase de testes nalguns destes espaços.

Quais são os factores diferenciadores da empresa?

Em comparação com as soluções existentes no mercado, a nossa revela-se mais inovadora e fácil de utilizar. Fizemos um esforço para manter o produto físico (a SmartBottle), o mais simples e barata possível. Por sua vez, comunica com o smartphone ou tablet que executa as actividades de processamento e comunicação de informação. Permite ainda a monitorização remota das actividades relacionadas com medicação, do nosso utilizador.

Mercados onde está presente

A Pharmassistant está em fase de protótipo, por isso ainda não está no mercado. Para além de Portugal, os mercados preferenciais serão os países desenvolvidos, nomeadamente os EUA e a Europa.

Quais são os objectivos para o futuro?

Todos os anos, morrem cerca de 7.000 pessoas devido a erros de medicação, apenas nos Estados Unidos. A adesão às terapêuticas medicamentosas é uma das questões que mais influencia o sucesso do tratamento, e que mais preocupa os profissionais de saúde.

Nesse sentido, pretendemos com a "PharmAssistant", tornar este processo mais simples, mais fácil, e mais eficiente. Ao mesmo tempo, permitindo aos familiares do nosso utilizador monitorizar se tudo corre de acordo com a prescrição do médico, e receber uma notificação caso algo fuja à rotina habitual.

Esperamos levar o nosso produto aos consumidores finais, aumentando a independência das pessoas com mais de 65 anos ou alguma deficiência visual, e também melhorar a vida dos doentes crónicos.

Num futuro próximo, pretendemos ainda estar presentes em lares e clínicas, de forma a automatizar o processo de medicação e torná-lo menos permeável a erros.