A Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE), liderada por João Rafael Koehler (na foto) vai entregar na quarta-feira, 18 de Novembro, o prémio Jovem Empreendedor. Há seis start-ups finalistas e a vencedora vai receber um prémio monetário de 20 mil euros e um conjunto de apoios, incluindo um ano de incubação avaliado em dez mil euros, segundo o comunicado da associação.

Um tratamento para feridas crónicas, chamado Exo-Wound, e que está a ser desenvolvido pelo projecto Exogenus Therapeutics, é um dos projectos finalistas. O comunicado explica que "o agente activo utilizado por esta terapia afirma-se mais eficiente pelo facto de utilizar células que não são vivas e que não induzem respostas imunitárias". "O crescimento da pele é estimulado e a cura acelerada, com a segurança de um tratamento que não espoleta rejeições e que, após 10 dias de aplicação, é 50% mais eficaz do que as terapias concorrentes", acrescenta.

O segundo finalista é o projecto DoctorGummy, que desenvolveu um processo inovador para que sejam administrados medicamentos a crianças: guloseimas naturais. Estes produtos não contêm açúcar, glúten, lactose, corantes nem conservantes artificiais, mas têm o princípio activo dos medicamentos.

A Glexyz é também uma das finalistas. "Desenvolveu a primeira plataforma virtual integrada, assente na 'cloud', que permite testar e optimizar produtos de forma rápida. O objectivo desta start-up é democratizar o acesso a ferramentas de virtualização, capazes de acelerar a introdução de novos produtos no mercado", refere o comunicado.

A Matter é uma empresa que faz o reprocessamento de resíduos agro-industriais e é também um dos projectos que pode sagrar-se vencedor do prémio entregue na próxima semana pela ANJE. "Trata-se de uma proposta de eco-inovação, que aposta em revestimentos e objectos que exploram a riqueza sensorial, criados a partir de materiais desperdiçados pelas indústrias do vinho, do azeite, da cerveja, do arroz, do café, bem como do processamento de frutas e vegetais".

A Stuk.io é uma plataforma online que ensina a programar e que "permite transformar ideias de negócio em aplicações web", estando também na lista de candidatas a este prémio.

Por fim, a Line Health, que anteriormente se chamava PharmAssistant, é também uma dos finalistas. Esta sexta-feira foi revelado que a start-up portuguesa tem agora um investidor norte-americano, o fundo Bolt. Esta empresa antes chamava-se PharmAssistant. Mas, no início de Setembro, foi revelada a mudança de nome para Line Health. A empresa criou um dispensador inteligente para garantir que as pessoas tomam o medicamento certo, à hora certa. O novo dispensador garante apoio na organização dos medicamentos, alerta quando é hora de tomar.

Antes disso, em Dezembro do ano passado, a então PharmAssistant firmou uma parceria com a Bayer. Depois de três meses na Alemanha a trabalhar com a Bayer, a PharmAssistant garantiu uma parceria com a multinacional.