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PGR confirma buscas a empresas de Joe Berardo e Horácio Roque

A Procuradoria Geral da República (PGR) confirmou hoje a realização de buscas a sociedades detidas por Joe Berardo e Horácio Roque, segundo informação prestada pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP).

29 de Maio de 2008 às 18:49
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A Procuradoria Geral da República (PGR) confirmou hoje a realização de buscas a sociedades detidas por Joe Berardo e Horácio Roque, segundo informação prestada pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP).

"Neste momento apenas se confirma que se realizaram buscas", disse à agência Lusa fonte oficial da PGR, referindo que esta é uma informação prestada pelo DCIAP.

As fontes judiciais não esclarecem que empresas estão a ser investigadas ou se esta acção está integrada na chamada "operação furacão", mas Joe Berardo disse à agência Lusa que o alvo é a Empresa Madeirense de Tabacos.

"Solicitaram-nos informações sobre a Empresa Madeirense de Tabacos e nós demos tudo o que pediram", afirmou o investidor madeirense.

As buscas nos escritórios de Joe Berardo realizaram-se terça-feira e os pedidos de informação incidiram sobre empresas e os seus accionistas, segundo adiantou à agência Lusa uma outra fonte.

A Empresa Madeirense Tabacos é propriedade de Joe Berardo e do também madeirense Horácio Roque, através da sua "holding" pessoal, a Rentipar, e os dois são ainda sócios noutros negócios, como o Hotel Savoy, no Funchal.

O Jornal de Negócios avançou em primeira-mão que os dois empresários estão a ser investigados no âmbito da Operação Furacão, pela prática dos crimes de fraude fiscal, facturas falsas e branqueamento de capitais com recurso a empresas 'off-shore'.

Até agora, várias empresas surgiram ligadas à Operação Furacão, incluindo as construtoras Mota Engil e Soares da Costa, a Porto Editora e a Texto Editora, além dos bancos em que começou a investigação.

A Operação Furacão começou no final de 2005, com investigações em quatro bancos - BES, BCP, BPN e Finibanco.

O processo é um dos maiores até hoje em Portugal e envolve no rol de suspeitos 200 sociedades, 20 empresários e alguns advogados, todos já constituídos arguidos.

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