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Petrodólares combatem abrandamento das fusões e aquisições

O que é que Abu Dhabi, Dubai e Qatar têm em comum? Duas coisas: dinheiro que provém da venda de petróleo. Além disso, ontem fizeram notícia com o investimento em três activos "ocidentais". No total, estes três países, que recebem cerca de 1,2 mil milhões

21 de Setembro de 2007 às 10:17
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O que é que Abu Dhabi, Dubai e Qatar têm em comum? Duas coisas: petróleo e o dinheiro que provém da sua venda. Além disso, ontem fizeram notícia com o investimento em três activos "ocidentais". No total, estes três países, que recebem cerca de 1,2 mil milhões de dólares por dia com a venda de crude, já foram responsáveis por operações de compras no valor de 25 mil milhões de dólares (17,77 mil milhões de euros), segundo dados da Bloomberg.

Abu Dhabi, um dos sete Emirados Árabes Unidos, anunciou ontem que pagou 1,35 mil milhões de dólares por 7,5% do grupo Carlyle, uma das três maiores sociedades de "private equity" no mundo. Já a Bolsa do Dubai chegou ontem a acordo com a Nasdaq Stock Market para ficar com a posição de 28% que a gestora norte-americana detém no capital da London Stock Exchange mais de 19,99% do seu capital, em troca de 28,4% do capital na praça OMX.

Já o Qatar comprou 20% da LSE e 9,98% da OMX e recebeu a aprovação para analisar a compra da Sainsbury, uma das maiores cadeias de supermercado no Reino Unido. Além disso, está iminente a entrada no capital da Airbus, depois do presidente da entidade de investimento do Estado ter dito que o país pode comprar até 10% desta companhia.

"Eles não estão só a investir em depósitos bancários e em obrigações de Estado. Estão atrás de activos estratégicos", afirmou um economista à Bloomberg.

Este investimento crescente pode ser essencial para reavivar um mercado de fusões e aquisições que perdeu bastante fôlego com a crise financeira. A dificuldade em vender dívida utilizada para alavancar compras diminuiu o poder de compra, principalmente dos "private equity", operadores muito activos no mercado. Agosto, por exemplo, foi o mês com menos volume de operações anunciadas dos últimos dois anos.

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