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Permanecem dúvidas sobre resultados de testes de stress dos bancos públicos gregos

Saem hoje resultados dos testes de stress, sendo de esperar que os quatro bancos privados da Grécia tenham resultado positivo.

23 de Julho de 2010 às 10:09
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Dos seis bancos gregos analisados pelos testes de stress, dois deles são controlados pelo Estado e é sobre eles que recaem as maiores questões quanto ao resultado que irão alcançar. No cenário mais difícil

, os bancos podem ser obrigados a aumentar capital, algo que não deve acontecer com os quatro bancos privados que devem mostrar liquidez.


O rácio que provará a saúde financeira da banca será o Tier 1 e enquanto o Hellenic Postbank tem um rácio de 17%, o ATEBank fica-se pelos 7,7%, sendo o nível mínimo exigido para a passagem de 6%, embora o valor actual dos bancos possa sofrer alterações consoante os cenários dos testes de stress.

No entanto, o ministro das Finanças grego, George Papaconstantinou (na foto), disse na segunda-feira, estar certo que “os bancos vão passar os testes de stress incólumes”. Algo que também o governador do Banco Central também corrobora, sendo que tais opiniões contribuíram para a subida de 2,5% das acções da banca da Grécia nesta semana.

Segundo um director de research numa corretora grega, “todos os maiores bancos têm, em média, um rácio Tier 1 perto dos 10%”, algo que “não se aplica necessariamente ao ATEBank”. Para a fonte ouvida pelo “The Wall Street Journal”, “ele tem o pior rácio de capital e enormes provisões e perdas”.

O banco, detido em 77% pelo Estado, tinha sido já ajudado com a injecção de capital de 1,25 mil milhões de euros como parte da sua reestruturação, em 2005. Mas a fraca saúde financeira da Grécia e as perdas verificadas na banca levaram a que o ATEBank apresentasse, no primeiro trimestre de 2010, uma perda de 37,4 milhões de euros, contando com um aumento de 69% das provisões de perdas com os empréstimos para 95,9 milhões.

Já neste mês, o administrador geral do ATEBank, Ioannis Valakas, disse que a instituição bancária iria precisar de capital, vindo ou do mercado ou do fundo de apoio governamental de 10 mil milhões de euros. O Piraeus Bank veio já fazer uma oferta de 701 milhões de euros pelo ATEBank e pelo Hellenic Postbank, querendo tirar das mãos do Executivo ambas as instituições, mesmo sendo a segunda bem capitalizada.

Os números que virão dos testes de stress à banca grega são importantes já que ela está bastante dependente da ajuda do Banco Central Europeu. De acordo com dados do Banco da Grécia divulgados pelo “The Wall Street Journal”, o empréstimo da instituição europeia terá chegado aos 93,8 mil milhões de euros até ao final de Junho.

Os bancos privados que se vêem igualmente testados em situações de stress são o National Bank of Greece, o EFG Eurobank Ergasias, o Alpha Bank e o Piraeus Bank, todos considerados bem capitalizados, com rácios entre os 9,1% e os 11,5%.

A fiabilidade dos resultados tem sido, entretanto, questionada mesmo antes de serem conhecidos os resultados, já que os analistas dizem que os bancos não serão desafiados a situações que podem realmente enfrentar. Hoje à tarde serão conhecidos quais os bancos a mostrarem solvabilidade.
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