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Pearson vai cortar quatro mil postos de trabalho
A ex-detentora do Financial Times e de parte do The Economist prepara-se para cortar quatro mil postos de trabalho, depois de apresentar perspectivas de receitas abaixo das estimativas dos analistas.
A Pearson planeia cortar quatro mil postos de trabalho no âmbito de um novo programa de reorganização que visa combater o recuo das receitas da empresa londrina, provocado pelo abrandamento na procura por livros e pela diminuição de inscrições.
Os cortes equivalem a 10% da forma de trabalho da Pearson, que no verão passado vendeu o Financial Times e chegou a acordo com a Exor para alienar a sua participação na revista The Economist.
A maioria dos cortes deverá acontecer até meio deste ano, informou a empresa esta quinta-feira.
As estimativas da Pearson são de que os resultados líquidos, excluindo itens extraordinários, caiam para 50 a 55 pence por acção em 2016, abaixo das estimativas dos analistas consultados pela Bloomberg, que apontavam para uma média de 63 pence por acção.
A empresa, cuja actividade se centra no sector da educação, vai gastar 320 milhões de libras (cerca de 415 milhões de euros) em 2016 para reduzir custos e impulsionar o crescimento nos seus principais mercados.
"Este é claramente um tempo desafiante para a empresa e para os seus accionistas", assumiu o CEO John Fallon, citado pela Bloomberg, deixando porém a promessa de que a empresa será "mais rápida, menor e mais ágil", transformando-se "num negócio mais resiliente".
Como resultado da mais recente reestruturação, a Pearson conta poupar 350 milhões de libras (cerca de 454 milhões de euros) por ano.
Até 2018 – e contando com a estabilização do mercado nos EUA e no Reino Unido -, a Pearson estima lucros operacionais ajustados de 800 milhões de libras ou mais (cerca de mil milhões de euros).