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PCP propõe fim de portagens numa dezena de autoestradas

Os comunistas entendem que o fim das taxas de portagem nas antigas Scut não deve implicar qualquer compensação às concessionárias.

As SCUT passaram a ter portagens a partir de 2011, quando começaram a ser pagas pelos utilizadores.
Bruno Simão
Lusa 27 de Abril de 2024 às 14:58
O PCP propôs este sábado a eliminação de portagens numa dezena de autoestradas ex-Scut, considerando que, na defesa do interesse público, o fim destas taxas para os utilizadores não deve implicar qualquer compensação às concessionárias.

O objetivo dos comunistas é que este projeto de lei, a que a agência Lusa teve acesso, seja arrastado para o debate parlamentar de quinta-feira marcado pelo PS sobre o seu projeto de lei para eliminar as taxas de portagem nos lanços e sublanços das autoestradas do Interior (ex-Scut) ou onde não existam vias alternativas que permitam um uso em qualidade e segurança.

Na iniciativa, o PCP refere que a "introdução de taxas de portagens nas antigas autoestradas Scut constituiu um rude golpe no tecido económico das regiões afetadas", sendo possível "concluir que neste processo só as concessionárias ficaram a ganhar" enquanto "o Estado, as populações e a economia regional perderam e continuam a perder".

"O PCP, desde a primeira hora, sempre se opôs à cobrança de portagens que foram impostas e mantidas pelos governos PSD/CDS e PS e colocou-se do lado das populações que desde o primeiro momento se manifestaram contra esta injusta decisão", recorda o partido na exposição de motivos.

De acordo com os comunistas, "as reduções que já se conseguiram impor no valor das portagens são inseparáveis da luta das populações e da ação do PCP", sublinhando que para o partido estas vias são fundamentais para o desenvolvimento regional e não devem ter portagens "por não terem alternativa viável e por imperativo de justiça social".

O PCP pretende que sejam eliminadas as taxas de portagens aos utilizadores de todos os lanços e sublanços da A4 (Autoestrada Transmontana, entre Matosinhos e Águas Santas, e a este de Amarante), A13 (Autoestrada do Pinhal Interior, entre Atalaia e Ferreira do Zêzere), A22 (Via do Infante), A23 (Autoestrada da Beira Interior), A24 (Autoestrada do Interior Norte), A25 (Autoestrada das Beiras Litoral e Alta), A28 (Autoestrada do Norte Litoral, entre Angeiras e Darque) A29 (Autoestrada da Costa de Prata), A41 (Circular Regional Exterior do Porto) e A42 (Autoestrada do Grande Porto).

O PCP propõe ainda que com o fim das portagens nestas vias, e "na defesa do interesse público", não sejam "devidas quaisquer compensações à entidade que detém a concessão".

Os comunistas pretendem que o Executivo adote, durante este ano, "as diligências necessárias à reversão para o Estado das concessões rodoviárias referentes" a estas autoestradas nas quais quer eliminar as portagens, devendo ser a Infraestruturas de Portugal a entidade gestora dos lanços e sublanços.
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