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Participação no BPI é um "investimento fantástico"

A participação de 30,10% que o grupo de investimento espanhol Criteria CaixaCorp detém no BPI está consolidado e oferece "uma solidez invejável", afirmou hoje Gonzalo Cortazar, conselheiro delegado da entidade espanhola.

26 de Fevereiro de 2010 às 11:04
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A participação de 30,10% que o grupo de investimento espanhol Criteria CaixaCorp detém no BPI está consolidado e oferece "uma solidez invejável", afirmou hoje Gonzalo Cortazar, conselheiro delegado da entidade espanhola.

"É um investimento fantástico. A nossa presença no BPI dura há 15 anos. É um investimento onde estamos muito cómodos e satisfeitos", disse à Lusa o responsável do grupo, detido em 80% pela La Caixa.

Segundo Cortazar, o BPI é uma participação que se insere "numa dinâmica de países desenvolvidos" e, como tal "não cresce e oferece oportunidades de crescimento" como outros mercados emergentes.

"Mas tem uma solidez invejável", afirmou.

Questionado sobre qualquer eventual investimento no banco português BPN, nacionalizado em 2008, Cortazar remeteu qualquer decisão sobre essa matéria para o BPI.

"É algo que deve ser o próprio BPI a estudar", considerou.

Segundo os resultados divulgados hoje em Barcelona, a Criteria CaixaCorp obteve em 2009 lucros de 1.317 milhões de euros, mais 24% que em 2008.

Na apresentação desses resultados, Cortazar analisou a situação bancária internacional referindo que "é claro" que "as regras de jogo banca internacional vão mudar", num processo de resposta à crise.

Entre essas alterações, afirmou, haverá propostas para mais imposições fiscais sobre a banca.

"Vão mudar coisas. Isso é um processo que vai durar anos, não meses. Uma das questões que se discute é a de imposições tributárias. É possível que isso ocorra", disse.

"Estou convencido que nos próximos anos teremos propostas, algumas mais bem pensadas outras menos bem pensadas, de mudanças em tudo o que afecta o mundo da banca. Temos que nos habituar a viver com isso e fazer as mudanças que são necessárias. Garantindo que não há efeitos pêndulo e não se mudam coisas que funcionam bem", sublinhou.

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