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Parque Expo com lucros de 1,5 milhões em 2000

A Parque Expo registou um lucro de 1,5 milhões de euros (304 mil contos) em 2000, impulsionado por uma redução de 22% dos custos com pessoal e por receitas de vendas de imobiliário na ordem dos 201...

10 de Março de 2001 às 11:39
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A Parque Expo registou um lucro de 1,5 milhões de euros (304 mil contos) em 2000, impulsionado por uma redução de 22% dos custos com pessoal e por receitas de vendas de imobiliário na ordem dos 201 milhões de euros (40,2 milhões de contos), divulgou o presidente da empresa, António Mega Ferreira, em entrevista ao «Expresso».

A obtenção de resultados líquidos positivos estava apenas prevista para 2001, mas a redução da força laboral em 22% (de 700 para 503 colaboradores) e vendas de imobiliário acima do previsto, tornaram possível a rentabilidade da Parque Expo, oito anos após a sua criação, disse Mega Ferreira.

«Tínhamos previsto vender 36 milhões de contos (180 milhões de euros) de imobiliário em 2000, mas acabámos por vender 40,2 milhões (201 milhões de euros). Ou seja, 10% acima do que estava estabelecido», disse o presidente da Expo.

Para 2001, as estimativas apontam para 5 milhões de euros (um milhão de contos) de lucros líquidos, com as vendas de imobiliário a encabeçarem a lista da fonte de receitas.

Em termos de investimentos, Mega Ferreira diz ter orçamentado 30 milhões de euros (6 milhões de contos) em infraestruturas para 2001.

«Ainda temos muito por fazer. Fundamentalmente em matéria de infraestruturas urbanísticas, tal como parques de estacionamento e arranjo da área do rio Trancão onde se vai instalar o Heron Parque, que é um parque de diversões e de lazer», disse Mega Ferreira.

Para financiar este investimento, a Parque Expo vai recorrer à banca. Mega Ferreira diz não haver nenhum envolvimento do Estado para além do previsto no contrato-programa assinado em 1999, que contempla as verbas que o Estado se compromete a investir na Parque Expo para repor o equilíbrio financeiro no pós Expo-98.

«Em 2000 entraram 25 milhões de contos (125 milhões de euros) de reforço de capital. Em 2001 entrarão 15 milhões de contos (75 milhões de euros), e em 2002 outros 15 milhões, altura em que se fechará o contrato-programa», explicou o presidente da Parque Expo.

O passivo exigível, ou empréstimos bancários, da Parque Expo caíu de mil milhões de euros para 848 milhões de euros (221 milhões de contos para 170 milhões de contos).

Segundo o reponsável da Parque Expo, este valor será liquidado com os 30 milhões de contos a entregar pelo Estado, pela continuação da venda de imobiliário e créditos sobre terceiros, como o caso da construção de acessos para a Expo-98 por conta da Câmara Municipal de Lisboa (CML).

A dívida da CML à Parque Expo «são verbas da ordem de vários milhões de contos», diz Mega Ferreira, acrescentando que, em 2000, «a CML pagou-nos cerca de dois milhões de contos (10 milhões de euros)».

Apesar dos resultados positivos, Mega Ferreira disse não querer continuar a gerir a empresa a seguir a este mandato que termina em 2001.

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