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Parque Expo acaba este sábado

No âmbito desta extinção, foram eliminados 161 empregos, através da rescisão de contratos por mútuo acordo ou do recurso ao despedimento colectivo.

30 de Dezembro de 2016 às 09:16
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A Parque Expo, em Lisboa, é formalmente extinta no sábado, 31 de Dezembro, cinco anos depois de a então ministra do Ambiente, Assunção Cristas, ter anunciado o fim, a prazo, daquela empresa pública, disse à Lusa fonte do Governo.

"Por deliberação dos accionistas, o prazo de liquidação da Parque Expo foi fixado em 31 de Dezembro de 2016", lê-se numa nota enviada à Lusa por fonte do Ministério do Ambiente.

Em Agosto de 2011, a ministra do Ambiente do Governo PSD/CDS-PP anunciou que a Parque Expo ia ser extinta, porque o objectivo da empresa se tinha esgotado e porque apresentava dívidas avultadas.

"É intenção do Governo fechar a Parque Expo. A decisão política está tomada. Tem a ver com a análise que está a ser feita no seio do Governo no sentido de perceber que estruturas têm razão de existir no quadro do Estado e que estruturas devem ser extintas. Tem tudo a ver com a racionalização de estruturas e despesas", adiantou na altura Assunção Cristas.

A empresa foi criada em 1993 para construir, explorar e desmantelar a Expo'98, tendo depois alargado as suas competências à escala nacional e internacional.

Além disso, era a responsável pela gestão urbana da agora freguesia do Parque das Nações e geria os projectos do Programa Polis em diversas cidades.

Participou em 27 projectos de reabilitação de centros históricos, como, por exemplo, em Mafra, Vila Nova de Gaia, Viseu, Évora, Marvão e na Baixa Pombalina, em Lisboa, e na recuperação ou construção de equipamentos públicos, como a Casa das Artes, no Porto, ou a Fortaleza de Sagres.

Também geriu a participação portuguesa em exposições internacionais após a Expo'98, como na exposição de Saragoça ou na de Xangai, e participado em projectos internacionais em Angola, Argélia, Brasil, Cabo Verde, Egipto, Espanha, Marrocos, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Tunísia.

Em Dezembro de 2010, o endividamento da Parque Expo atingia os 224,9 milhões de euros.

Entretanto, o Governo teve de decidir que solução dar aos bens da empresa, nomeadamente o Pavilhão Atlântico, o Pavilhão de Portugal, o Oceanário, a Marina e a Blueticket, que presta serviços relacionados com a bilhética.

Tinha ainda participações minoritárias em outras empresas, como a que explora a Gare do Oriente, uma outra que constrói e faz manutenção de teleféricos e duas de promoção, desenvolvimento e construção imobiliária.

O Pavilhão Atlântico foi vendido ao grupo Arena Atlântida, que o baptizou de Meo Arena, e o Oceanário concessionado à Sociedade Francisco Manuel dos Santos (SFMS) por 30 anos.

Para pagar parte da dívida, a Parque Expo entregou também o Pavilhão de Portugal ao Estado, que posteriormente o entregou a título definitivo à Universidade de Lisboa.

No âmbito desta extinção, foram eliminados 161 empregos, através da rescisão de contratos por mútuo acordo ou do recurso ao despedimento colectivo.
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