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Parecer da DGCC sobre Cimpor favorável à Teixeira Duarte (act.)
O parecer da DGCC sobre a candidatura da Teixeira Duarte à privatização dos últimos 10,049% que o Estado detém na Cimpor considera que a mesma não «põe em causa» as regras da concorrência, revelou hoje o ministro da Economia, Braga da Cruz.
A aquisição da posição na cimenteira por aquele grupo de construção civil garante que «não serão postas em causa as regras da concorrência», afirmou Braga da Cruz.
Segundo a mesma fonte, o Grupo Teixeira Duarte [TXDE], ao adquirir a posição estatal na Cimpor, «não terá condições para exercer uma função estratégica da empresa, e terá que procurar alianças com outros accionistas para o fazer». Os analistas afirmam que o Banco Comercial Português (BCP) [BCP] e a Lafarge, ambos com 10% cada na Cimpor, deverão aliar-se à construtora para o futuro controlo da Cimpor.
No entanto, o BCP, que detém 10% na Cimpor [CIMP] já negou «estar concertado com a Teixeira Duarte e Lafarge», para a aquisição da empresa.
A decisão final do júri do concurso, que tem agora cinco dias para se pronunciar, dependia do parecer da DGCC, o que leva os analistas a apontar para breve o desfecho final da operação.
O total dos 10,049% vale 410 milhões de euros (82,2 milhões de contos), tendo a Teixeira Duarte garantido um empréstimo junto do Banco Comercial Português [BCP] e da Caixa Geral de Depósitos, com uma taxa de juro de 4%.
A Teixeira Duarte é o maior accionista da Cimpor com 18%, enquanto o BCP, a Holderbank, a Semapa, o Estado e a Lafarge controla cada um 10% da Cimpor. A Crédit Agricole Lazard Financial Products Bank detém cerca de 2%.
As acções da Teixeira Duarte seguem a ganhar 0,9% para os 1,12 euros (225 escudos), enquanto a Cimpor caía 0,81% para os 23,26 euros (4.663 escudos).