Ainda não se sabe quando é que a privatização da TAP vai ser relançada, mas os interessados estão a aumentar. O “Público” e o “Diário Económico” escrevem nesta quarta-feira nas suas edições que Frank Lorenzo, antigo presidente da Continental Airlines, e Pais do Amaral, empresário português que preside à Leya, estão a avaliar a compra da transportadora de bandeira portuguesa.

No caso de Frank Lorenzo, de 73 anos, já terá havido contactos preliminares com a TAP, sem garantias de que o investimento se concretize. O milionário norte-americano apenas está interessado no negócio de aviação e não pretende adquirir as restantes áreas complementares, como a manutenção no Brasil (altamente deficitária). O Governo português, por seu turno, está interessado em vender esta unidade na privatização da companhia, uma vez que não a conseguiu vender em separado.

Se decidir avançar para uma proposta oficial, Lorenzo deverá contar com a “private equity” Savoy Group para suportar o investimento na companhia. Além disso, acrescenta o “Público”, a eventual oferta de Frank Lorenzo envolve um investidor português, que o jornal não conseguiu nomear. Mas há poucas garantias, neste momento, de que o interesse se venha a materializar numa proposta.

Já Pais do Amaral, conta o “Económico”, está a estudar o dossiê da privatização da TAP há vários meses e até já se reuniu, em Outubro do ano passado, com o CEO da empresa, Fernando Pinto. O empresário está presente em diversas áreas de negócio com o The Edge Group, mas a entrada na companhia, a acontecer, será feita a título individual, pormenoriza o jornal, embora com a participação de investidores estrangeiros.

Pais do Amaral não prestou declarações sobre o eventual interesse na TAP. Mas além da reunião com Fernando Pinto, o empresário também se reuniu com o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, para dar conta da sua disponibilidade para participar na privatização da empresa.

Nova venda lançada quando houver interessados

O processo de privatização da TAP esteve muito perto de ser concluído em 2012. O Governo aceitou a proposta do empresário German Efromovich – a única que foi apresentada – mas o negócio abortou por falta de garantias bancárias. Agora, a venda será relançada quando “houver condições de mercado propícias” para isso, reafirmou ao “Económico” o secretário de Estado dos Transportes.

Isso pode acontecer ainda em 2014, mas Fernando Pinto garante que a TAP continua “viável” até 2016.

A eventual privatização da TAP já vai obedecer ao novo regime de salvaguarda de activos estratégicos, que o Governo discute hoje no Parlamento, tal como escreve hoje o Negócios.