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Pagamentos sem contato disparam para evitar contágio em lojas

Cerca de 27% das pequenas empresas nos Estados Unidos já observam um aumento de clientes que usam serviços como o Apple Pay.

19 de Abril de 2020 às 15:00
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À medida que mais pessoas se preocupam que se possam contagiar com o coronavírus ao tocar em terminais de cartão de crédito, há uma tecnologia de nicho que começa a ganhar popularidade.

Os pagamentos móveis sem contato - serviços que demoraram a lançar nos EUA - são cada vez mais usados, porque muitos consideram que o sistema com telemóvel é a maneira mais segura de pagar. Consumidores também têm usado aplicações móveis vinculadas a pagamentos, como a Amazon Prime Now, para fazer pedidos de entrega de compras. Além disto, o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos da América (EUA) está a estudar a possibilidade que pessoas sem conta bancária recebam os cheques de ajuda do pacote de estímulo por meio de serviços de pagamento móvel, como o Venmo.

"Não devemos tocar em nada", disse Richard Crone, diretor-presidente da empresa de pesquisa de pagamentos móveis Crone Consulting. Ele estima que pagamentos sem contato registaram aumento de 10% a 20% em transações em lojas e caixas eletrónicas como resultado da pandemia. Serviços entre indivíduos como PayPal, Venmo e Zelle também devem estar a beneficiar, afirmou Crone.

É fácil ver o porquê. Mesmo com lojas de retalho a serem desinfetadas mais frequentemente - considerando as que estão abertas -, tocar em dinheiro ou nos teclados das máquinas implica um grande risco. Com o pagamento sem contato, é possível vincular a conta bancária ou cartão de crédito ao telefone e depois encostar o aparelho em um leitor ou apenas aproximá-lo ao ecrã para acionar o pagamento.

Cerca de 27% das pequenas empresas nos Estados Unidos já observam um aumento de clientes que usam serviços como o Apple Pay, segundo uma pesquisa com 361 empresas divulgada em abril pelo Strawhecker Group e pela Electronic Transactions Association. A Publix Super Markets acelerou a respetiva transição para terminais sem contato por causa da covid-19, de acordo com a empresa. No início de abril, consumidores de todas as lojas Publix já podiam usar serviços como Apple Pay e Google Pay para fazer pagamentos.

O Burger King lançou um anúncio publicitário em março para incentivar clientes a usarem uma aplicação de pedido antecipado para recolha em drive-in.

Há algumas semanas, a retalhista Walmart ajustou o seu sistema de autopagamento para torná-lo completamente sem contato quando consumidores usam o Walmart Pay. Antes, era necessário tocar no botão "Pagar agora" depois de scanear as compras. Agora, é possível usar um código QR com o telefone para pagar. O Walmart também regista aumento do uso dos serviços de recolha e entrega de produtos.

"Os clientes começaram a usar serviços nos quais não estavam interessados antes", disse Molly Blakeman, porta-voz do Walmart.

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