A crise está a ser usada publicamente para pedidos de contenção salarial de todos os trabalhadores. Mais em particular, nas últimas semanas o foco centrou-se nos gestores, cujas diferenças salariais face aos restantes trabalhadores, são consideradas excessivas.



E, por isso, é um ponto levado em conta nos argumentos dos sindicatos à mesa de negociações para a definição da actualização salarial para este ano. Já do lado das empresas prefere-se, segundo os sindicatos, acenar com a crise. Mas isso não acontece em todos os casos.



A Petrogal e a Sonae já concluíram as negociações e chegaram a uma média de aumento de 2,7% (chegando em alguns casos aos 3,4%) e 3%, respectivamente. Mais do que a subida que vão ter os funcionários públicos de 2,9%. E, claramente, mais do que a inflação prevista para este ano. O Banco de Portugal, na última estimativa, aponta para um valor de 1%.