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Ogma recupera resultados negativos em mais de 50%

A Ogma recuperou os prejuízos em mais de 50% no primeiro semestre para os 10,878 milhões de euros negativos, ajudado pelo incremento de 16% nos proveitos e uma redução de 3% nos custos, segundo um documento interno da empresa a que o Negocios.pt teve aces

23 de Setembro de 2003 às 12:11
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zp>A Ogma recuperou os prejuízos em mais de 50% no primeiro semestre para os 10,878 milhões de euros negativos, ajudado pelo incremento de 16% nos proveitos e uma redução de 3% nos custos, segundo um documento interno da empresa a que o Negocios.pt teve acesso.

A Ogma, empresa estatal de manutenção aeronáutica, registou, neste primeiro semestre, um incremento de 16% nos proveitos face aos primeiros seis meses de 2002, para os 45 milhões de euros.

Na primeira metade do ano, a Ogma registou uma quebra de custos de 3%, para os 59,4 milhões, face aos 61,2 milhões no primeiro semestre do ano passado.

Os resultados da empresa fixaram-se nos 10,9 milhões de euros negativos, que comparam com 23 milhões negativos entre Janeiro e Junho de 2002, representando uma recuperação de 53% dos resultados da empresa, apurou o Negocios.pt.

Ogma prevê prejuízos de 24,2 milhões em 2003

A empresa tem orçamentados para, este ano, proveitos de 98,45 milhões de euros e custos de 129 milhões de euros, com resultados projectados de 24,2 milhões de euros negativos.

Ainda assim, por comparação com o orçamento de 2002, a empresa espera uma melhoria de 62% nos prejuízos, face aos 63,1 milhões de euros negativos alcançados em 31 de Dezembro de 2002.

A empresa está a ser sujeita a um plano de reestruturação profundo com o objectivo da sua privatização no próximo ano. O Ministério das Finanças assegurou ao Negocios.pt que irá assumir «muito em breve» o passivo de 132 milhões de euros da empresa, operação que constitui a primeira fase do plano reestruturação.

A segunda fase, em curso, passa pela redução de custos com pessoal, reforço da formação, redinamização comercial, aumento de produtividade, redução do custos dos materiais e estabilização do sistema informático. A terceira fase está agora a começar, com a escolha de um parceiro estratégico.

A Ogma tinha há três anos 1967 trabalhadores, passando para os 2115 em 2001; para os 1862 em 2002, fixando-se nos 1724 trabalhadores em Junho de 2003.

O presidente do Conselho de Administração da empresa, Miguel Morais Leitão, afirmou ao Negócios.pt que o processo de «dowsizing» está já estabilizado.

A percentagem do custo de pessoal face ao valor de produção foi de 39% em 2000, ascendendo aos 58% em 2001, e aos 62% em 2002. Em Junho deste ano era de 46%. A empresa teve 554 trabalhadores em formação no primeiro semestre, despendendo 450,2 mil euros em 28,1 mil horas de formação. No segundo semestre, a Ogma prevê gastar mais um milhão de euros em 51 mil horas de formação, de que beneficiarão 835 formandos.

No capítulo da redinamização comercial, entre Julho 2002 e Julho de 2003, a empresa somou à sua carteira de clientes a British Midland, a City Airline, e a força aérea da Bélgica (estes três clientes assinaram contratos de manutenção do Embraer ERJ 145), do Canadá e dos Estados Unidos (manutenção do C-130).

A Ogma recuperou ainda como clientes a força aérea do Gabão, de França, do Kuwait (manutenção do C 130), a BGS (manutenção helicópteros Puma) e a companhia Luxair (manutenção ERJ 145). Marrocos e a Skyways deixaram de constar na carteira.

Na área da fabricação, a Ogma assinou durante o período em análise contratos na área da fabricação no valor de 1,3 milhões de euros com a Lockheed Martin; Agusta/Westland; Agusta/ECF/Hurell Hispano; GDC e Contraves. Ao longo de 2003. a empresa prevê assinar acordos de subcontratação na ordem dos dois milhões de euros na área da fabricação.

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