A EDP Renováveis (EDPR) informou anteontem que, através da participada NEO, vai desenvolver mais quatro novos parques eólicos na Galiza, salientando que a adjudicação, por concurso público, dos novos 125,7 megawatts (MW) reforçará a sua posição como terceira companhia eólica em Espanha. Mas a concretização destes projectos da empresa do Grupo EDP está longe de ser uma certeza, segundo garantiram ao Negócios várias fontes.

O concurso, lançado em Março passado, pela Junta da Galiza está, desde o início, envolvo em polémica, agudizada nos últimos dias, depois de terminada a primeira fase de selecção.

O processo - onde ainda falta a homologação dos projectos, sem a qual nenhum dos agora seleccionados é válido - vai agora cair num vazio, pelo menos, até Maio de 2009, quando será constituído o novo Governo. A região autónoma da Galiza vai ter eleições lo em Março e o Parlamento será dissolvido no próximo dia 5 de Janeiro.

Um conjunto de alegadas irregularidades levaram mesmo à demissão de vários membros da comissão de avaliação do concurso.

"Na última reunião, bateram com a porta os vereadores do ambiente e da política territorial (da ala socialista do Governo galego, que é bipartido com os nacionalistas), alegando fragilidades jurídicas e falta de tempo e condições para analisar as propostas dos candidatos", contou ao Negócios um membro do júri, que era liderado pelo vereador da indústria (nacionalista).