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Novo conselho de administração da Cimpor reuniu esta manhã

O novo conselho de administração da Cimpor entrou hoje em funções após ter sido eleito ontem em assembleia geral (AG) de accionistas, tendo mesmo realizado uma reunião, esta manhã, apurou o Negocios.pt.

01 de Agosto de 2001 às 13:10
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O novo conselho de administração da Cimpor entrou hoje em funções após ter sido eleito ontem em assembleia geral (AG) de accionistas, tendo mesmo realizado uma reunião, esta manhã, apurou o Negocios.pt.

No final da AG da Cimpor [CIMP] de ontem, representantes da Secil e da Holcim disseram aos jornalistas que iriam apresentar hoje junto de instâncias judiciais, uma providência cautelar contra a deliberação da AG que consistiu na eleição dos novos órgãos sociais da cimenteira nacional.

Frutuoso de Mello, representante da Holcim na AG disse aos jornalistas que «logo que a empresa seja notificada pelo Tribunal (da impugnação da AG), a nova administração suspende as suas funções».

A AG extraordinária da Cimpor foi realizada um dia após o Estado ter saído do capital da cimenteira, tendo alienado a posição que ainda detinha à accionista Teixeira Duarte [TXDE que controlava, através de participadas, 18,33% do capital da cimenteira nacional.

A posição accionista da Teixeira Duarte na Cimpor foi considerada ilegal pela Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

A construtora civil, a única a apresentar uma lista para eleição dos órgãos sociais, reitera estar convicta da legalidade e correcção das suas actuações e das suas condutas quanto à posição accionista na Cimpor.

A Holcim e a Secil, cada uma com cerca de 10% do capital da Cimpor pretendem impugnar a AG com base nos argumentos que a única lista proposta a votação integrava além de elementos da Teixeira Duarte, elementos dos accionistas BCP e Lafarge, o que sugere a existência de concertação entre os três accionistas, facto que levaria ao lançamento de uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre a Cimpor, caso fosse provado em tribunal, disse Frutuoso de Mello.

O tribunal terá que julgar a existência de concertação entre a Teixeira Duarte, o BCP e cimenteira Lafarge.

Quando accionada uma providencia cautelar, os tribunais demoram, regra geral, cerca de dois meses a tomar uma decisão.

No novo CA da Cimpor constam Jacques Lefreve e Carlos Angulo, da Lafarge, Manuel Faria Blanc, do BCP [BCP] e Luís Martins e Jorge Moura, actualmente quadros da Cimpor.

Foram ainda eleitos administradores da Cimpor, Pedro Teixeira Duarte, Manuel Ferreira , Luís Eduardo Barbosa e João Salvador Matias.

Os accionistas minoritários que votaram contra a eleição desta administração, exerceram o direito de eleger um administrador para o CA da Cimpor, substituindo um dos nomes propostos pela Tedal.

O administrador escolhido pelos minoritários foi José Honório, administrador da Secil, tendo substituído Manuel Maria Teixeira Duarte à lista inicial apresentada pela Tedal.

O CA da Cimpor, eleito para o período entre 2001 a 2004, será assim composto por onze elementos.

As acções da Cimpor cotavam nos 22,9 euros (4.591 escudos) a descer 1,25%.

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