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Novo CEO da Lego vai combinar blocos de montar com aplicações

O homem que está ao leme da Lego quer unir os blocos icónicos da fabricante de brinquedos com aparelhos digitais para reverter uma queda nas vendas.

Reuters
11 de Março de 2018 às 11:00
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"Nós vemos isto como uma maneira de manter o interesse das crianças por mais tempo, e para alargar o interesse a outras faixas etárias", afirmou o CEO da Lego, Niels B. Christiansen, numa entrevista. "Estamos fazendo muito nesta área e queremos fazer mais."

 

Christiansen, que se tornou CEO da Lego em Outubro, está a tentar manter a relevância da Lego para uma geração de crianças cuja obsessão com as telas diminuiu o interesse por brinquedos físicos. Até agora a Lego obteve resultados díspares com suas incursões digitais. O filme "Uma Aventura Lego", de 2014, e alguns dos videojogos da empresa tiveram sucesso, mas a sua grande aposta de 2010 num jogo de computador online para vários jogadores, o "Lego Universe", foi um fracasso.

 

Christiansen diz que os blocos de montar básicos continuarão a ser o foco à medida que a Lego projectar novos produtos. Christiansen deu como exemplo o "Lego Boost" (que permite que as crianças criem os seus próprios brinquedos e depois os programem para que se movam usando uma aplicação de smartphone) como um exemplo do tipo de coisa que ele quer ver mais.

 

"Precisamos de concentrar a Lego nas coisas certas", disse. "Precisamos ter produtos fortes e inovadores."

 

Christiansen assumiu o comando num momento em que a maior fabricante de brinquedos da Europa conheceu o fim de uma década de aumento de receitas e lucros. De 2010 a 2015 as vendas mais do que duplicaram e o então CEO, Jorgen Vig Knudstorp, entregou lucros recorde aos proprietários: a família milionária Kirk Kristiansen.

 

Mas o crescimento ocorreu a um ritmo que a empresa dinamarquesa classificou de "sobrenatural" e a organização tornou-se demasiado grande. Em 2017, as vendas e os lucros caíram quando a Lego teve de reduzir "stocks" com base em projecções excessivamente optimistas. A empresa eliminou 1.400 postos de trabalho, cerca de 8% da sua força laboral.

 

Christiansen diz que a reestruturação já acabou e espera que as vendas voltem a crescer novamente no próximo ano.

 

"Actualmente estamos a concentrarmo-nos em algumas prioridades e a usar a nossa nova estrutura organizacional para tomar decisões mais próximas dos consumidores e do mercado", realçou o CEO. "É óbvio que ganharemos a longo prazo se formos mais criativos."

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