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Norte e Centro pressionam “modernização” da Linha do Minho

Três associações empresariais entregam ao Governo um parecer em que classificam os corredores internacionais Aveiro/Salamanca e Sines/Caia como “projectos de interesse nacional”.

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O grupo de trabalho Centro-Norte, promovido pela Associação Empresarial de Portugal (AEP), Associação Industrial do Minho (AIMinho) e Conselho Empresarial do Centro (CEC) consideram “fundamental a modernização e electrificação da Linha do Minho”, que liga o Porto a Valença.

 

Segundo um comunicado assinado pelos presidentes das três entidades, a intervenção nesta linha ferroviária visa “reforçar as condições de mobilidade de pessoas e bens nas regiões do Grande Porto e do Alto Minho e destas com a região espanhola da Galiza”. As obras deverão ser desenvolvidas em articulação com as autoridades espanholas, tendo já o ministro da Economia assegurado que determinados investimentos "serão definidos com a preocupação de estar assegurada a interconexão com Espanha”.

 

A electrificação da Linha do Minho – que tem intervenção prevista no troço entre Nine e Viana do Castelo – tem um custo estimado pelas três associações empresariais em 200 milhões de euros. Já na base de trabalho elaborada pelo grupo nomeado pelo Governo para estudar os investimento prioritários em infra-estruturas a partir de 2016, esta operação custará “apenas” 145 milhões de euros.

 

No dossiê elaborado pelo grupo liderado por José Eduardo Carvalho, presidente da AIP, o projecto na Linha do Minho compreende a electrificação entre Nine - Valença / Fronteira, a duplicação de via entre Contumil e Ermesinde, o aumento do comprimento útil para recepção / expedição de comboios no Terminal Darque e as electrificações dos Ramais Particulares SN Longos Maia e Secil na Trofa.

 

Minimalista ou melhorada nos corredores internacionais

 

A modernização desta linha ferroviária é apontada como “complementar às opções dos corredores prioritários” de Aveiro / Salamanca e Sines / Caia, como são apontadas nas conclusões do grupo de trabalho, que se reuniu esta quarta-feira, 26 de Março, no Europarque, em Santa Maria da Feira.

 

Neste documento final, a submeter ao Governo antes do término do período de discussão pública do relatório elaborado pelo grupo de trabalho para as Infraestruturas de Elevado Valor Acrescentado (IEVA), são apontadas duas soluções, com custos diferenciados, para os investimentos nestes dois corredores.

 

“Uma solução-base, minimalista, que não ponha em causa a competitividade de ambos, mas que esteja operacional no quadro 2014-2020, e que não comprometa futuras melhorias”; e uma “solução-base, melhorada, caso seja possível renegociar a canalização de outros fundos para estes importantes projectos, nomeadamente numa fase de realocação dos fundos do FEDER”.

 

As associações lideradas por José António Barros (AEP), António Marques (AIMinho) e José Couto (CEC) consideram que estas opções “reflectem uma visão nacional das prioridades do investimento público a efectuar em infra-estruturas, com uma orientação para a aposta da competitividade da economia portuguesa, apoiando o esforço de internacionalização que o País está a empreender”, lê-se no mesmo documento.

 

O ministro da Economia, Pires de Lima, disse a 21 de Março, no Parlamento, que as prioridades de investimento em infra-estruturas para os próximos oito anos serão sinalizadas pelo Governo no início de Abril e admitiu que o investimento pode chegar aos 5.800 milhões de euros.

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