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No último ano abriram mais de seis empresas do ramo imobiliário por cada uma que fechou
Nos primeiros seis meses deste ano, o ritmo de crescimento dos encerramentos de empresas superou o dos nascimentos. Ainda assim, por cada uma fechou portas, foram criadas 3,2.
Entre Julho de 2017 e Junho deste ano, foram criadas em Portugal 2,7 empresas por cada uma que encerrou, revela o Barómetro Informa divulgado esta terça-feira, 24 de Julho.
Este rácio registou o valor mais baixo nas indústrias extractivas (1,0) – foi criada apenas uma empresa por cada encerramento – e o mais elevado nas actividades imobiliárias (6,5). Ou seja, por cada empresa deste ramo que fechou portas, 6,5 nasceram. Um rácio que ilustra o forte crescimento do sector imobiário nos últimos meses, com as vendas de casas a fixarem recorde.
No que respeita ao primeiro semestre deste ano, o rácio nascimentos/encerramentos fixou-se em 3,2, com 24.415 constituições e 7.630 fechos de portas. Em relação ao mesmo período do ano passado, o ritmo de crescimento dos encerramentos (12,7%) superou o dos nascimentos (11%).
Já o número de insolvências prosseguiu a tendência de decréscimo iniciada em 2013, mas de forma menos acentuada. Entre Janeiro e Junho, as insolvências caíram 12,4% face ao período homólogo para um total de 1.243.
Serviços e Alojamento e Restauração lideram criação de empresas
Das 24.415 empresas que foram criadas nos primeiros seis meses deste ano, 44,5% (10.882) foi no sector dos serviços, alojamento e restauração. No entanto, a maior subida face ao mesmo período do ano passado, foi registada no sector dos transportes, com a criação de 915 empresas, um aumento de 54,8% em relação ao primeiro semestre de 2017.
O sector dos serviços também liderou, contudo, o encerramento de empresas, com o fecho de 1.809, juntamente com o sector do retalho, que viu fechar 1.373 empresas.
Nas insolvências, as indústrias transformadoras tiveram o maior peso (256 empresas), o que, ainda assim, representa uma descida de 6,6% face aos primeiros seis meses do ano passado.
Lisboa, Porto e Setúbal foram as regiões mais dinâmicas na actividade empresarial, com a constituição de 8.398, 4.359 e 1.805, respectivamente, com Setúbal a destacar-se no ritmo de crescimento face ao período homólogo (20,9%).
As mesmas regiões destacaram-se no número de encerramentos, enquanto na caso das insolvências, juntou-se-lhes Aveiro.