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Negócio de 74 mil milhões dólares cria uma das maiores farmacêuticas do mundo 

A nova farmacêutica terá uma forte posição nos medicamentos para doenças oncológicas.  

03 de Janeiro de 2019 às 12:59
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2019 ainda agora começou e já foi anunciado um dos negócios do ano. Não só pelo valor envolvido, mas também pelo que representa na indústria farmacêutica.  

 

A Bristol-Myers Squibb chegou a acordo para comprar a Celgene, num negócio avaliado em 74 mil milhões de dólares (65 mil milhões de euros) que vai dar origem a uma das maiores farmacêuticas do mundo. Segundo o Finacial Times, este será também um dos maiores negócios de sempre na área farmacêutica.

 

Por cada ação da Celgene, os acionistas da empresa de biotecnologia vão receber uma ação da Bristol-Myers e 50 dólares em dinheiro. Esta contrapartida avalia cada ação da Celgene em 102,43 dólares, o que representa um prémio de 54% face à última cotação.

 

Para financiar a oferta em dinheiro, a Bristol-Myers vai recorrer a dinheiro em caixa e emissão de dívida.

 

As ações estão a seguir direções opostas em reação a este negócio. Os títulos da Bristol-Myers caem 13% no "pre-market" (funciona antes da abertura da sessão regular), enquanto a Celgene dispara 30,5%.

 

A nova empresa, que vai rivalizar com as maiores farmacêuticas do mundo, terá na sua linha de fármacos de sucesso nove medicamentos com vendas anuais acima de mil milhões de dólares.

Um deles é o Revlimid, medicamento de combate ao cancro da Celgene e um dos produtos de maior sucesso da Celgene. Contudo, esta cotada perdeu cerca de metade do seu valor em 2018, dado que a patente do Revlimid está a terminar e a Celgene está com dificuldades em desenvolver outros medicamentos de fortes vendas. 

 

Em comunicado, as empresas dizem que veem um forte "potencial de crescimento nas áreas ‘core’ da nova empresa", com destaque para as "doenças oncológicas, cardiovasculares, imunológicas e inflamatórias".

A nova companhia será líder de mercado nos medicamentos de combate ao cancro e doenças imunológicas.

Na área da oncologia, que é a mais rentável do setor, a Bristol-Myers foi pioneira no desenvolvimento de terapias, com destaque para o Yervoy e o mais recente Opdivo. Contudo, como assinala a Reuters, a empresa tem sido pressionada pela rival Merck & Co, que está a ter sucesso com o tratamento Keytruda.

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