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Negociações da Sacyr/Somague para compra de concessionária no Brasil estão suspensas

A Sacyr/Somague suspenderam as negociações para a compra de uma participação no capital da EcoRodovias, confirmou Stefano Panciera, director financeiro da concessionária brasileira, admitindo que uma das alternativas à empresa seria a fusão com a espanhol

03 de Dezembro de 2004 às 12:34
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A Sacyr/Somague suspenderam as negociações para a compra de uma participação no capital da EcoRodovias, confirmou Stefano Panciera, director financeiro da concessionária brasileira, admitindo que uma das alternativas à empresa seria a fusão com a espanhola OHL.

Em declarações recentes ao «Diário Económico», Diogo Vaz Guedes, presidente da Somague admitiu que a construtora portuguesa estaria interessada em comprar 35% do capital da EcoRodovias, que administra 966 quilómetros de estrada no Brasil, através de três concessões no mercado brasileiro.

Stefano Panciera, citado pelo «Valor Económico», confirmou as negociações, adiantando que as mesmas foram suspensas. O executivo não quis adiantar o motivo da suspensão das negociações, mas o jornal brasileiro avança que a suspensão deve estar relacionada com as polémicas que surgiram em Itália com a Impregilo, que controla 35% do capital da companhia brasileira. Os restantes 65% da EcoRodovias estão na posse da CR Almeida.

A Impregilo, maior construtora italiana, foi acusada de alegadamente falsificar o balanço de 2003 relativo a um empréstimo de 296 milhões de euros feito a uma participa que está em dissolução.

A Sacyr, após comprar a Somague, aumentou a participação na concessão brasileira Triângulo do Sol de 20%, adquiridos em 1998, para 50% e na Via Norte de 6% para 12,5%. Juntas, comportam uma extensão de 657 quilómetros de estrada.

Fusão com OHL em estudo

O objectivo da concessionária é encontrar um parceiro. Por isso, além das negociações com a Sacyr [syva] – que passou a controlar a Somague e entrou no Brasil após a compra desse activo – a EcoRodovias equaciona a sua fusão com a espanhola Obrascón Huarte Lain (OHL).

A fusão das duas concessionárias tiraria a liderança à rival Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR), controlada em 17,9% pela Brisa [brisa]. A OHL já administra 900 quilómetros de estrada em território brasileiro.

«A fusão com a OHL é apenas um desejo meu, como executivo», admitiu Stefano. Este ano, as duas já tinham estudado uma parceria para concorrerem em conjunto à compra da Via Oeste que acabou por ser comprada pela CCR por 485 milhões de reais (133 milhões de euros), segundo fonte bancária.

Os accionistas de referência não admitem perder o controlo da EcoRodovias, avançando que a venda de parte da companhia, as participações dos dois accionistas seriam diluídas proporcionalmente às suas actuais posições.

A companhia também estuda concorrer às próximas licitações de estradas a nível federal e estadual, estando interessada na rodovia Régis Bittencourt (São Paulo-Curitiba) e Ecovia Caminho do Mar (Curitiba-Paranaguá), além da Rodoanel em São Paulo.

*Correspondente em São Paulo

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