Notícia
«Não queremos ser arrogantes mesmo quando os resultados são muito favoráveis»
Fundador, com Pinto Balsemão, da SIC o homem-forte da área comercial é chamado, em 2002 pelo presidente do grupo a “arrumar a casa”, fazendo-a regressar aos lucros o que já aconteceu. Para trás ficam os tempos difíceis. José Bastos e Silva afirma que a em
Como é que a SIC está a gerir o impacto da "Quinta das Celebridades"?
Com alguma surpresa (riso). Sabíamos que ia haver o programa, mas o seu desempenho excedeu as nossas expectativas. Ainda assim, preparámo-nos. Aliás tivemos uma liderança mais folgada até Setembro deste ano do que no ano passado a contar com isso. Até Setembro já conseguimos o objectivo do ano, pelo que vier para a frente é a mais. Nós nunca desistimos desse a mais. Já vi o programa e talvez o fenómeno seja mais o José Castelo Branco.
A nossa estratégia é hoje completamente diferente da do tempo do "Big Brother". Não nos passa pela cabeça combater aquele programa.
O mercado está agora mais justo, equilibrado?
O que é justo? (riso) Acho que está mais normal. É assim pela Europa fora. Em termos de fazer televisão, é mais interessante agora do que acordar todos os dias sabendo que estão lá 50% de quota de mercado.
Uma quota que conferiu alguma arrogância?
Sim, mas uma das preocupações que temos agora é não ser arrogante em nenhum aspecto, mesmo quando os resultados são francamente favoráveis.
O que espera concretizar no próximo triénio?
Para continuar a aumentar a produtividade a SIC vai tornar-se numa "tape less company", isto é, um "broadcaster" sem fita, sem vídeo, totalmente digitalizada. No primeiro ano estamos a contar digitalizar 10 mil horas. Para a informação é importante, mas para a área de grelha, autopromoção, continuidade vai possibilitar libertar gente para fazer outras coisas, crescer na TV Digital.