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Mosqueteiros estão “compradores” de rivais em Portugal

O grupo os Mosqueteiros, que actualmente estão a proceder a auditorias à companhia algarvia Marrachinho, cuja compra acordaram há dois meses, continuam “compradores” de outras empresas de distribuição em Portugal, nomeadamente de redes de supermercados em

07 de Maio de 2007 às 21:33
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O grupo os Mosqueteiros, que actualmente estão a proceder a auditorias à companhia algarvia Marrachinho, cuja compra acordaram há dois meses, continuam "compradores" de outras empresas de distribuição em Portugal, nomeadamente de redes de supermercados em Lisboa e no Porto, afirmaram hoje Fausto Fernandes e Alcides Silva, administradores da empresa.

Em conferência de imprensa hoje realizada em Lisboa para a apresentação dos resultados de 2006, Alcides Silva, director-geral do grupo Mosqueteiros em Portugal, afirmou que a companhia Marrachinho é apenas uma da lista dos potenciais negócios analisados pela "holding" que representa.

O negócio da companhia Marrachinho, que durou 14 meses a ser acordado, não foi ainda contabilizado pelo grupo Mosqueteiros, que deixa para a conclusão da operação, marcada para Maio, a revelação de mais pormenores sobre o assunto. Com a compra, os Mosqueteiros somam mais 18 estabelecimentos em Faro e Beja e uma facturação que em 2006 ascendeu a 50 milhões de euros.

O grupo Mosqueteiros mantém-se contudo interessado em crescer pela via das aquisições em Portugal, garantiu igualmente Fausto Fernandes, que traçou os alvos potenciais: supermercados, com 1.000 a 2.000 metros quadrados e parque de estacionamento afecto com capacidade para 150 lugares automóveis.

Vendas crescem 5,6% em 2006

No ano passado, o grupo que opera através da parceria entre a "holding" francesa ITM e uma rede de 217 empresários em Portugal, em regime de semi-franchising registou uma facturação de 1,65 mil milhões de euros.

As vendas registadas conferem a esta parceria franco-portuguesa o terceiro posto no "ranking" da distribuição em Portugal, depois da Modelo-Continente e da Jerónimo Martins (que factura 1,7 mil milhões em Portugal e outro tanto na Polónia), e representou um crescimento de 5,6% face a 2005. Para 2007, a evolução esperada é de 4%, adiantou Fausto Fernandes.

O grupo, que detém 253 unidades em Portugal, com 264.959 metros quadrados de área de venda e onde emprega 9.101 colaboradores (são 10.367 empregados no total, somando serviços administrativos e as seis bases logísticas), realizou 1,54 mil milhões na área alimentar. Destes 205,4 milhões de euros, mais 11,2% do que em 2005, foram provenientes da operação de 88 postos de combustíveis que já detém.

Investimento de 60 milhões de euros

Para o corrente exercício, o grupo Mosqueteiros tem previsto canalizar perto de 60 milhões na expansão orgânica. São 34 milhões para a compra de imóveis para a localização de unidades de retalho e eventualmente cinco milhões para uma terceira base logística alimentar; e outros 24,5 milhões de euros para a construção de novas unidades.

Este ano, o plano é abrir 42 lojas, para as quais já tem licenças: 24 para a área alimentar (obnde opera com as marcas Intermarché, Vêtimarché e Netto), sete Bricomarché (bricolage e decoração), seis Statiomarché (acessórios e reparações automóveis), e cinco Vêtimarché (vestuário).  Com as aberturas serão criados perto de 1.260 postos de trabalho.

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