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Modelo Continente mantém plano de investimentos no Brasil

A Modelo Continente vai manter inalterado o seu plano de expansão no Brasil, que incorpora investimentos na ordem dos 224,46 milhões de euros (45 milhões de contos), apesar dos indícios de degradação da economia naquele país.

30 de Maio de 2001 às 12:33
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A Modelo Continente vai manter inalterado o seu plano de expansão no Brasil, que incorpora investimentos na ordem dos 224,46 milhões de euros (45 milhões de contos), apesar dos indícios de degradação da economia naquele país, apurou o Negócios.pt junto de fonte da empresa.

«O plano de investimentos no Brasil não deverá sofrer qualquer ajustamento», referiu a fonte da empresa, sublinhando que «a nossa postura no mercado brasileiro é de médio e longo prazo, pelo que não deverá ser alterada devido a situações conjunturais».

A Modelo Continente vai abrir 17 hipermercados no Brasil este ano, num investimento que, devido à actual taxa de câmbio face ao real, deverá situar-se entre os 199,52 milhões de euros (40 milhões de contos) e os 224,46 milhões de euros (45 milhões de contos), abaixo dos 249,4 milhões de euros (50 milhões de contos) estimados no início deste ano.

A economia brasileira está a sofrer os efeitos da desvalorização do real nos mercados cambiais, tendo a moeda brasileira recuado cerca de 9% face ao euro desde o início do ano. A agravar esta situação, o Brasil enfrenta também uma crise energética, que já levou o Governo a implementar um plano de racionamento de energia.

Segundo os analistas, estas situações podem contribuir para um abrandamento do crescimento do produto interno bruto (PIB) brasileiro, o que poderia ter consequências ao nível do consumo, com repercussões na actividade das companhias que actuam no sector do retalho.

Actividade no Brasil com crescimento marginal nas contas consolidadas

A mesma fonte adiantou que «mantendo-se o actual quadro de referência no mercado cambial, o contributo da actividade no Brasil para a actividade consolidada deverá crescer apenas marginalmente».

No primeiro trimestre deste ano, a facturação da Modelo Continente no Brasil cresceu 11% em moeda local, mas esta progressão foi anulada pela evolução cambial ao nível das contas consolidadas da maior distribuidora nacional.

«A momentânea depreciação dos activos em reais poderá (...) configurar oportunidades de investimento com um contravalor em divisas menores», adiantou a fonte da empresa.

«Neste momento, a situação no Brasil ainda não é inteiramente clara», acrescentou a mesma fonte, sublinhando que «a desvalorização do real pode até impulsionar as exportações, tendo um efeito positivo ao nível do PIB».

Modelo Continente preparada para crise energética

Segundo fonte da empresa, a crise energética não implicou um plano de emergência por parte da Modelo Continente, uma vez que «já tínhamos todas as lojas equipadas com geradores, pelo que não foi necessário fazer qualquer adaptação».

A mesma fonte adiantou que «a operação tal como está neste momento não vai ser afectada» por esta situação, adiantando que «dos 17 hipermercados que estão previstos para este ano, apenas 50% se situam nas zonas mais afectadas pela crise energética», nomeadamente o Estado de São Paulo e a região do Nordeste do país.

A Modelo Continente continua a ver os Estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais como principais mercados alvo para o próximo ano, estando disponível também para firmar «parcerias que potenciem a entrada e desenvolvimento de novos mercados», embora estas duas situações estejam ainda a ser definidas, segundo a fonte da empresa.

Às 12h12, a Modelo Continente cotava nos 1,79 euros (359 escudos), a perder 0,56%.

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