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Ministro do Ambiente critica "preconceito ideológico" na venda da EGF

Jorge Moreira da Silva justifica a necessidade da privatização da empresa de resíduos com o encaixe de 150 milhões para o Estado, a reforma do Estado e a necessidade de serem feitos investimentos no sector de 650 milhões até 2034.

Bruno Simão/Negócios
06 de Novembro de 2014 às 18:12
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O ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva, criticou esta quinta-feira, na assinatura do contrato que formalizou a venda da EGF ao consórcio da Suma, o "preconceito ideológico" na privatização da empresa de resíduos do grupo Águas de Portugal (AdP), que "desse origem a controvérsias ou até à desvalorização da empresa".    

 

O responsável lembrou que "o processo encontrou vários obstáculos", mas que nesta fase "são poucas as vozes que se opõem".

 

Para o ministro do Ambiente, esta era, desde logo, uma privatização necessária, nomeadamente pelo encaixe financeiro para o Estado de 150 milhões de euros - que será usado para abater a dívida da AdP -, mas também pelo investimento que é necessário fazer no sector, que será de 650 milhões de euros até 2034, e pela própria reforma do Estado.

 

Relativamente ao encaixe obtido, realçou que os 150 milhões oferecidos pelo agrupamento da Suma são superiores em 50% às avaliações que foram feitas.

 

O governante destacou ainda os efeitos para os cidadãos, garantindo que as alterações previstas com o novo regulamento tarifário permitirão uma redução média global de 20% das tarifas em relação ao que estava previsto.

 

Em seu entender, a operação foi também exigente, competitiva, inclusiva e bem-sucedida, nomeadamente no que respeita ao projecto estratégico que prevê a internacionalização do sector.

Na privatização da EGF, foram contactados 86 investidores de 18 geografias, tendo 12 assinado o acordo de confidencialidade, 7 apresentado proposta não vinculativa e quatro vinculativa.

 

Como realçou o secretário de Estado das Finanças, Manuel Rodrigues, com esta 12ª operação de privatização levada a cabo pelo Governo o encaixe total do Estado totalizou 9.400 milhões de euros, "cerca de 70% acima do inicialmente previsto para o mesmo número de processos".

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