O presidente da EDP, António Mexia, evitou comentar o tema da remuneração dos administradores do Grupo, afirmando que “é uma decisão que compete aos accionistas”.

A assembleia geral da eléctrica vai discutir, dia 16 de Abril, uma proposta de redução dos prémios anuais dos gestores executivos de 100% para 80% do vencimento fixo, avança o jornal “i” na edição de hoje.

No entanto, refere a publicação que o novo regime para a distribuição de prémios deverá ser neutral e não penalizar a totalidade dos bónus a receber pela equipa de António Mexia no final do mandato, já que o prémio plurianual poderá chegar a 120% da remuneração fixa.

“Toda a gente parte do princípio que conseguiremos ultrapassar os objectivos e eu próprio gostaria já hoje de poder garantir isso”, referiu o presidente da Energias de Portugal para explicar que os prémios dos próximos anos estarão sempre dependentes da concretização dos objectivos fixados em início de mandato.

Instado a comentar a remuneração bruta de 3,1 milhões de euros que receberá pelo período de 2006 a 2008, o presidente da EDP disse que “estamos a falar de coisas fixadas pelos accionistas”.

António Mexia sublinhou, em declarações à imprensa, “a vontade da EDP e da sua equipa de serem avaliadas” lembrando que a administração ultrapassou os objectivos definidos em 2006. “Nesse período [2006/08] a EDP transformou-se na maior empresa portuguesa”, realçou o presidente executivo da eléctrica.