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Mexia diz que é fundamental Estado manter posição na EDP

A manutenção da actual posição do Estado na EDP-Energias de Portugal é fundamental para a estabilidade accionista desta, que é importante na presente fase de forte expansão, disse António Mexia, Chief Executive Officer (CEO) da empresa.

06 de Junho de 2007 às 16:36
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A manutenção da actual posição do Estado na EDP-Energias de Portugal é fundamental para a estabilidade accionista desta, que é importante na presente fase de forte expansão, disse António Mexia, Chief Executive Officer (CEO) da empresa.

A 1 de Junho, o ministro das Finanças admitiu, ao Diário de Notícias, a possibilidade de a próxima fase de privatização da EDP poder deslizar para 2008, se se antecipasse uma segunda fase de privatização da REN-Redes Energéticas Nacionais para 2007.

A holding estatal Parpública tem 20,53% da EDP, enquanto o banco estatal Caixa Geral Depósitos (CGD) tem 4,98%.

Explicou que "a EDP está num período de forte crescimento, de diferenciação e liderança a nível mundial num determinado sector e é um momento em que a estabilidade accionista é importante e o Estado é uma componente fundamental".

"É óbvio que a manutenção do Estado, com a actual posição, contribui para a estabilidade accionista, como eu defendo a estabilidade num momento de forte expansão, a conclusão é rápida", disse, quando interrogado sobre a possibilidade de uma nova fase de privatização deslizar no calendário indicativo.

"Para alguém, como eu, que defende a estabilidade accionista como importante numa fase de crescimento, obviamente é com satisfação", adiantou.

Lembrou que o desafio da EDP é fazer o EBITDA crescer uma média de 13% ao ano entre 2005 e 2010, "um crescimento muito superior ao do sector" e que compara com os 7% entre 2000 e 2005.

"Aceitaremos toda e qualquer decisão do Estado, é a ele que lhe compete decidir, mas acho que o Estado como sócio é um contributo importante para a estabilidade", afirmou.

Acerca da possível entrada de um parceiro estratégico, numa eventual fase de privatização, recordou que tal "compete ao Estado, enquanto entidade que privatiza, e ao Conselho Geral e de Supervisão (CGS), que tem um papel decisivo naquilo que diz respeito à estrutura accionista".

"É óbvio que qualquer movimento que contribua para manter essa estabilidade accionista é bem vindo, com alguém que tenha uma visão de longo-prazo", referiu.

"Tudo aquilo que seja trazer à estrutura accionista alguém que tem uma postura estável e de longo prazo é importante. Estabilidade accionistas com sócios que tragam uma visão de longo prazo e que acrescentem competências à companhia", adiantou.

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