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Mexia "blinda" EDP ao custo do CO2

A partir de 2013 o CO2 vai deixar de ser gratuito para as eléctricas e a EDP está, segundo António Mexia, presidente da eléctrica, “a fazer tudo para reduzir significativamente as suas emissões”.

20 de Fevereiro de 2008 às 17:21
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A partir de 2013 o CO2 vai deixar de ser gratuito para as eléctricas e a EDP está, segundo António Mexia, presidente da eléctrica, "a fazer tudo para reduzir significativamente as suas emissões".

O CEO da eléctrica portuguesa declarou, durante um almoço organizado pela ACEGE – Associação Cristã de Empresários e Gestores, que "estamos a agir no timing certo, para conseguirmos ter uma produção residual a nível de emissões"

A EDP, segundo o gestor, vai ter "cerca de três quartos de capacidade instada e dois terços da produção a partir de fontes renováveis, sobretudo, água e vento e um pouco de solar e talvez ondas".

"Quero deixar esta mensagem clara aos accionistas para que entendam porque estamos a investir nesta área, não apenas nas tecnologias mais maduras como as eólicas, mas também nas outras ainda em fase de desenvolvimento, que implicam custos mais elevados e maior risco hoje, mas nos permitem preparar para o futuro", salientou Mexia.

O presidente da EDP diz que "está a haver uma revolução no sector energético" e, a partir de 2013, "vai haver uma alteração radical na forma como as eléctricas europeias terão que se posicionar e o que estamos a fazer é anteciparmo-nos a isto".

Uma das grandes mudanças é a alteração de paradigma, para uma lógica de produção descentralizada, próxima dos centros de consumo, e limpa.

Por outro lado, para o CEO da eléctrica portuguesa, "a mobilidade estará cada vez mais associada à electricidade e menos ao petróleo, como hoje acontece".

Sobre o nuclear, Mexia considera que "faz parte da solução global de fornecimento de energia do ponto de vista mundial, mas tem de ser estudado caso a caso", devendo a discussão "ser a nível político e não das empresas".

No caso de Portugal, esta opção teria de ser sempre equacionada do ponto de vista ibérico, sendo que em Espanha "neste momento não é claro", que se continue a investir em centrais nucleares.

A dimensão de grande escala e o problema de armazenamento dos resíduos foram dois pontos negativos apontados por Mexia para o nuclear. A favor pesa o baixo nível de emissões de CO2.

Mexia diz que hoje os consumidores em Portugal, à semelhança da maioria dos outros países, pagam a energia abaixo do custo. Para a EDP o aumento das tarifas é "neutral do ponto de vista das contas", uma vez que há concorrência do lado da geração.

Sobre o pacote de medidas anunciado pelo Conselho Ibérico de Reguladores para o sector energético no âmbito do conceito de operador dominante, o presidente da EDP diz que também não tem impacto para a eléctrica, "que já as tem estas medidas operacionais". A EDP, segundo Mexia, "comporta-se já hoje como um agente num mercado totalmente liberalizado".

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