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Mercado segurador português mantém-se "saudável" apesar da crise

O mercado segurador português mantém-se "globalmente saudável", disse hoje o presidente do Instituto de Seguros de Portugal que assegura que as empresas do sector têm capacidade para "cumprir os compromissos assumidos" com os seus clientes.

04 de Fevereiro de 2009 às 16:28
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O mercado segurador português mantém-se “globalmente saudável”, disse hoje o presidente do Instituto de Seguros de Portugal que assegura que as empresas do sector têm capacidade para “cumprir os compromissos assumidos” com os seus clientes.

Fernando Nogueira, que foi hoje ouvido na comissão parlamentar de Orçamento e Finanças, admitiu que a crise financeira internacional teve um “impacto significativo no desempenho do mercado segurador e de fundos de pensões em 2008”.

Este ano, o sector deverá enfrentar “ainda maiores dificuldades”, devido ao alastramento dos efeitos da crise financeira para a economia.

Fernando Nogueira garantiu que o mercado segurador português “mantém-se globalmente saudável e com capacidade para cumprir os compromissos assumidos para com os tomadores de seguro, beneficiários e terceiros lesados”.

Mas alertou que “quanto mais profunda e duradoura for a crise financeira e económica, mais dificuldades terão as empresas de seguros em gerar resultados que possam alimentar as respectivas necessidades de solvência” e mais difícil será também a entrada de novos capitais para reforçar o sector.

No que se refere aos fundos de pensões, o presidente do ISP diz que o eventual aprofundamento da crise deverá penalizar a rendibilidade das carteiras, tornando necessário o aumento do esforço contributivo por parte das empresas.

A 31 de Dezembro de 2008, o valor sob gestão dos fundos de pensões ascendia a 20.242 milhões de euros, o que traduz um decréscimo de 9,5% face ao final de 2007, afirmou Fernando Nogueira.

Já o volume da produção de seguro directo ascendeu a 15.336 milhões de euros, o que traduz um acréscimo de 11,5% face ao valor verificado em 2007.

A evolução positiva que se tem verificado no mercado segurador deve-se ao crescimento do ramo vida (17,5%), enquanto nos ramos não-vida se verificou uma quebra global de 1,3%, potenciada sobretudo pelo decréscimo na produção do ramo automóvel, na ordem dos 7%, e na modalidade de acidentes de trabalho (-3%).

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