A Maxitel exige que a PT Comunicações lhe pague uma indemnização de «largos milhões de contos» devido à interrupção do serviço a partir de 23 de Julho, bem como o pagamento de uma verba compensatória aos seus clientes, disse hoje Sequeira Braga.

De acordo com Sequeira Braga, a Maxitel vai promover «um processo de indemnização pelos prejuízos causados pela paralização de uma semana», e acrescentou que «a indemnização dos nossos clientes será imputada à PT».

O presidente da empresa de comunicações, em conferência de imprensa, acusa mesmo a PT de «desobediência civil», e caracteriza o acto da PT como «uma situação singular a nível mundial».

Sequeira Braga adiantou que teve conhecimento de clientes da Maxitel que foram contactados pela PT - a única empresa com a base da sua empresa - para mudarem os serviços de telecomunicações para a PT, visto que a Maxitel iria fechar.

O responsável disse ainda «acreditar na viabilização económica» já transmitida aos fornecedores da empresa, explicando que a medida imposta pelo Instituto de Comunicações de Portugal «garantiu» que a empresa não fechasse as portas.

Sequeira Braga prevê que a empresa estabeleça o equilibro das suas contas no segundo semestre do próximo ano. O presidente da Maxitel adiantou igualmente que um novo conselho de administração irá tomar posse no próximo mês de Agosto.

De acordo com Sequeira Braga, e antes do corte de circuitos, «a Maxitel previa receitas de 15 milhões de euros (3 milhões de contos) por ano».

A PT disse hoje que está disposta a restabelecer os serviços à Maxitel, caso esta assine um acordo para pagar a dívida, que ascende a 5,5 milhões de euros (1,1 milhões de contos).