O júri do concurso de subconcessão dos terrenos e infra-estruturas dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) vai propor a esta empresa estatal a adjudicação da operação ao promotor da única proposta que validou – a do agrupamento Martifer Energy Systems e Navalria, sabe o Negócios.

O outro concorrente, a A.K. Portugal – Consultoria de Gestão, do grupo russo liderado pelo magnata Andrey Kiselev, foi excluído pelo júri porque, sabe ainda o Negócios, apresentou uma declaração bancária que não cumpria o programa de procedimento deste concurso.

Esta terça-feira, último dos cinco dias adicionais que teve para entregar nova garantia bancária, a A.K. acabou foi por apresentar um requerimento a pedir mais dez dias úteis, o que não foi aceite pelo júri, que decidiu assim excluir o candidato russo deste concurso.

A garantia apresentada pela A.K. era de um banco russo com uma notação de risco B+ quando o concurso exigia uma notação mínima de BB-.

A proposta vencedora do concurso é subscrita pela Martifer e a sua participada Navalria, que explora os estaleiros navais de Aveiro, de onde saíram os últimos navios da Douro Azul e que está a construir mais duas embarcações para a operadora turística detida pelo empresário Mário Ferreira.

Das oito entidades nacionais e estrangeiras que levantaram o caderno de encargos do concurso para a subconcessão dos ENVC, apenas firmaram proposta a Martifer e a russa A.K., do magnata russo Andrey Kiselev, empresário que controla a RSI, grupo que tinha anteriormente concorrido ao abortado concurso de privatização dos ENVC e que foi agora excluído da subconcessão dos estaleiros.