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Martifer agrava perdas nos primeiros nove meses do ano

A empresa dos irmãos Martins continuará empenhada no processo de venda de activos “não core”, especialmente parques eólicos, projectos solares e, residualmente, projectos imobiliários”, diz o comunicado enviado à CMVM.

Record
Negócios 22 de Novembro de 2013 às 01:19
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O resultado líquido atribuível aos accionistas foi negativo em 48,7 milhões de euros entre Janeiro e Setembro de 2013, o que corresponde a um agravamento de 47,7% face ao período homólogo do ano passado, quando os prejuízos da Martifer ascenderam a 33 milhões.

 

Em contrapartida, os proveitos operacionais foram de 464,3 milhões de euros no período em análise, o que representou uma subida de 28,7% quando comparados com os mesmos nove meses de 2012, refere o grupo industrial no comunicado divulgado na CMVM.

 

Este aumento dos proveitos operacionais reflectiu um “crescimento significativo no volume de negócio das áreas core business Solar e Construção Metálica”, tendo sido também “alavancado pela venda de parques eólicos na RE Reveloper”.

 

A área de negócio de construção metálica registou um crescimento de 8,9 % no total de proveitos operacionais para os 207,7 milhões de euros, o que se deve principalmente ao avanço, no terceiro trimestre de 2013, no ritmo de alguns projectos de maior grau de complexidade em termos de engenharia, sublinha o comunicado.

 

“Os mercados com contributo mais forte no período em análise foram o Brasil, a Arábia Saudita, Angola e França”, refere ainda o documento da Martifer.

 

Já o negócio solar terminou os primeiros nove meses de 2013 com 231,8 milhões de euros de proveitos operacionais, a registar um crescimento de 47,4 % face aos 9M12, “justificado pelo forte arranque de projectos em várias geografias, com destaque para o avanço do projecto no México, actualmente o maior projecto da América Latina, os projectos em Portugal e no Reino Unido”.

 

Por seu lado, o EBITDA do grupo Martifer ascendeu a 19,6 milhões no final dos nove primeiros meses deste ano, contra 14,6 milhões no mesmo período do ano passado, o que reflecte uma margem de 4,2%.

 

O grupo salienta ainda que o total da dívida líquida consolidada era de 378 milhões de euros no final de Setembro de 2013, um milhão acima dos 377 milhões registados no final de 2012, “devido essencialmente ao CAPEX de 10 milhões de euros e ao investimento em fundo de maneio”. Já no 3º trimestre de 2013 o grupo acordou um prolongamento de aproximadamente 30% da dívida para médio e longo prazo (MLP), 7 anos.

 

“O grupo continua focalizado no processo de diminuição da dívida líquida. Como tal, irá continuar empenhado no processo de venda de activos não core, especialmente parques eólicos, projectos solares e, residualmente, pela venda de projectos imobiliários, no decorrer de 2013 e ao longo de 2014. Ou seja, o objectivo continua a ser de obtenção de um nível de endividamento entre 230 a 250 milhões de euros até ao final de 2014”, sublinha o comunicado.

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