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Mário Centeno "totalmente convicto" de que a méta do défice será alcançada
O ministro das Finanças recusou a ideia de que o resultado de 2,1% do défice em Março possa ser encarado como algo negativo ou que esteja abaixo do previsto
O ministro das Finanças mostrou-se hoje "totalmente convicto" de que a execução orçamental para o conjunto do ano atingirá a meta de 1,5% do PIB, salientando que os resultados do primeiro trimestre superaram o previsto.
"Estou totalmente convicto, primeiro, que o esforço do Governo se vai dirigir para esse fim [atingir um défice de 1,5% do PIB] e que, depois, os resultados que vamos conhecendo mês após mês vão confirmando que podemos atingir essa meta", afirmou Mário Centeno, em reacção aos dados divulgados sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e os quais apontam que o défice orçamental se situou em 2,1% até Março.
O valor apurado pelo INE ficou abaixo dos 3,3% registado no período homólogo, mas acima da meta do Governo para o conjunto do ano, que é 1,5%.
A falar em Castelo Branco, à margem de um jantar de apresentação de Luís Correia como candidato do PS à câmara local, Mário Centeno lembrou que "os défices trimestrais variam bastante de trimestre para trimestre".
O governante negou ainda a ideia de que o resultado de 2,1% possa ser encarado como algo negativo ou tão pouco que se possa dizer que está abaixo do previsto: "Não está abaixo da meta para este ano porque, como nós podemos ver, há uma redução de 500 milhões de euros no défice. Em termos de pontos percentuais o défice do primeiro trimestre do ano passado foi 3,3% e este ano foi 2,1%, temos uma melhoria de 1,2% que é superior - não inferior - é superior àquela que nós esperamos para o conjunto do ano".
Segundo referiu, estes resultados reflectem não só "uma trajectória positiva", como demonstram que "o Governo está a cumprir os seus objectivos".
Destacando o "esforço acrescido" que o Governo tem feito em termos de investimento, Mário Centeno também afirmou que "a grande conquista do primeiro trimestre foi aquilo que se conseguiu em termos da execução corrente", cujo saldo passou de -2,2% para -0,8%.
"Ou seja, houve uma melhoria muito significativa da dimensão corrente da execução orçamental e houve um esforço acrescido no lado da despesa de capital, no investimento", reiterou.
Para Mário Centeno, "o mais notório de tudo foi o facto de se ter conseguido "aliar o esforço de investimento acrescido com a melhoria do défice".